A presença de casos de diarreia em criações suínas leva a prejuízos econômicos devido ao aumento de mortalidade, diminuição da eficiência da conversão alimentar e gastos com medicamentos. Com o objetivo de relacionar os casos de diarreias em leitões de até 28 dias e matrizes lactantes com a presença de parasitos em três sistemas de produção, foram coletadas amostras de fezes em cinco propriedades. As criações foram classificadas, conforme o sistema de produção como: tecnificada (A) (manejo sanitário, alimentação e instalações adequados), semi-tecnificada (B) (instalações adequadas, manejo sanitário e alimentação deficientes) e não tecnificada (C) (todas as condições deficientes). Foram obtidas 88 amostras nos municípios de Araquari-SC e São Francisco do Sul-SC, representadas por 25, 12 e 21 amostras de leitões e 10, 9 e 11 amostras de matrizes lactantes em granjas no sistema A, B e C respectivamente. As amostras foram submetidas à técnica de Willis-Mollay, esfregaços fecais diretos e concentração de oocistos seguidos de coloração de Ziehl-Nielsen modificado por Kinyoun. Com relação aos leitões observou-se que 72%, 75% e 100% das amostras apresentaram oocistos de coccídeos e/ou ovos do tipo Strongyloidea nos sistemas A, B e C respectivamente. Para as matrizes observou-se 40%, 33% e 100% de amostras positivas para os mesmos parasitos nos sistemas A, B e C respectivamente. Independente do sistema de criação obteve-se uma proporção menor de amostras diarreicas para matrizes lactantes (10%) em relação aos leitões (55,17%). Em leitões, as mesmas estruturas parasitárias foram encontradas em 80% e 84,37% das amostras de fezes normais e diarreicas respectivamente, enquanto que 55% das amostras de fezes normais de matrizes também apresentavam ovos ou oocistos. Não se observou presença de oocistos de Cryptosporidium sp. nas amostras avaliadas. A proporção de exames positivos não foi diferente entre amostras diarreicas ou não diarreicas, independente do sistema de criação. |