ANAIS 2014
AVALIAÇÃO DA CÂMARA MINI-FLOTAC E MCMASTER PARA QUANTIFICAÇÃO DE OVOS DE NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS EM EQUINOS
Autor(es): Luciana Laitano D. Castro, Carolina Lorena Hohl Abrahão, Anay Delgado Martinez, Gabriela Letícia Delai Vigne, Ursula Yaeko Yoshitani, Joaquim Antunes, Marcelo Beltrão Molento

AVALIAçãO DA CâMARA MINI-FLOTAC E MCMASTER PARA QUANTIFICAçãO DE OVOS DE NEMATóDEOS GASTRINTESTINAIS EM EQUINOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: LDP UFPR
» Agência de fomento e patrocinadores:
Cyathostomíneos causam grave infecção em equinos, sendo os parasitos mais prevalentes nesses animais. O controle é frequentemente realizado com o uso de anti-helmínticos, administrados em intervalos menores de 60 dias. A prática de tratamento supressivo tem sido responsável pelo aparecimento de populações de parasitos resistentes à todos os fármacos. Assim, uso da terapia seletiva é necessário, tratando somente aqueles indivíduos diagnosticados com uma contagem de ovos nas fezes (OPG) acima do limite de 400, porém a adoção da técnica enfrenta certa resistência entre criadores de cavalos, devido a carência de dados que possibilitem maior segurança na correlação entre a OPG e dados clínicos. O objetivo deste estudo foi verificar duas técnicas para a quantificar a eliminação de ovos de cyathostomíneos em equinos naturalmente infectados da raça Puro Sangue Inglês/Thoroughbred, com 8 meses de idade. Para as análises, fezes foram coletadas diretamente da ampola retal de 32 animais. A OPG foi realizada individualmente com câmara mini-FLOTAC, utilizando dois fatores de conversão: 1:5 e 1:10 e a técnica de Gordon e Whitlock, com câmara McMaster, utilizando os fatores de 1:25 e 1:50. O gênero dos parasitos foi identificado com auxilio de chaves morfológicas. Foi observada forte correlação entre todas as técnicas, com coeficiente de Pearson variando de 0,90 a 0,98. A mediana encontrada para as análises foi de 431,87 e 425,31 para mini-FLOTAC 1:5 e 1:10, respectivamente e de 442,19 e 646,87 para McMaster 1:25 e 1:50, respectivamente. Muito embora as técnicas não tenham diferido estatisticamente entre si na análise de Kruskal-Wallis, a contagem de OPG com a McMaster 1:25 foi aproximadamente 40 e 80% mais rápida que a mini-FLOTAC 1:10 e 1:5, respectivamente. A técnica utilizando a câmara McMaster em 1:25 deve ser utilizada em equinos pois promove dados confiáveis, com alta repetibilidade. Novas análises serão realizadas para refinamento das técnicas.