ANAIS 2014
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL OVICIDA DE PREPARAÇÕES PROTEICAS DE POLICARPUS MICROPHYLLUS SOBRE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS DE CAPRINOS
Autor(es): Magda Lorena Turbano dos Santos, Larissa Barbosa Nogueira Freitas, Paulo Victor Perez Maia, Ryan Emiliano da Silva, Taffarel Melo Torres, Ana Carla Diógenes Suassuna Bezerra, Michele Dalvina Correia da Silva

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL OVICIDA DE PREPARAÇÕES PROTEICAS DE POLICARPUS MICROPHYLLUS SOBRE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS DE CAPRINOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido
» Agência de fomento e patrocinadores:
A resistência parasitária em caprinos causada a partir da utilização indiscriminada de anti-helmíntico tem afetado economicamente a produção desses animais; com isso, produtos fitoterápicos vêm sendo utilizados como alternativa viável de controle. O presente trabalho avaliou o potencial ovicida de preparações proteicas obtidas da Policarpus microphyllus sobre a eclosão de ovos de parasitas gastrintestinais de caprinos, infectados naturalmente. Folhas de P. microphyllus foram submetidas à extração em NaCl 0,15M, seguida de centrifugação para obtenção do extrato bruto (EB). O EB foi submetido à precipitação proteica fracionada (utilizando sulfato de amônio nas saturações de 0-30%, 30-60% e 60-90%) seguida de centrifugação e diálise dos precipitados, para obtenção das frações proteicas (F1, F2 e F3, respectivamente). Para a realização do teste de eclosão de ovos (TEO), amostras fecais de caprinos foram coletadas em propriedades rurais do município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Foi realizada a contagem de ovos nas fezes e extração desses. No TEO, utilizou-se água como controle negativo (CN) e as preparações com as seguintes concentrações proteicas: EB, 28mg/mL; F1, F2 e F3, 4mg/mL. Os resultados obtidos foram expressos em percentual de inibição por miligrama de proteína total (exceto o CN) e analisados usando ANOVA e posterior teste de Tukey (P<0,05). EB, F1, F2 e F3 apresentaram percentuais de inibição/mg de proteína total de 4,5%, 12,2% e 12,4% e 17,1%, respectivamente. A influência do EB sobre os ovos não foi estatisticamente significante, quando comparado ao CN (P<0,05). F1 e F2 não apresentaram diferença significativa entre si e em relação ao EB; no entanto, F3 apresentou diferença significante quando comparada aos demais tratamentos e ao CN (P<0,05). Conclui-se que as amostras proteicas avaliadas inibiram a eclosão de ovos de parasitas gastrintestinais, revelando P. microphyllus como uma fonte rica em bioativos com potencial para aplicação no controle parasitário.