ANAIS 2014
ANOFELINOS NATURALMENTE INFECTADOS COM PLASMODIUM EM RESERVAS AMBIENTAIS NA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL
Autor(es): Mayra Araguaia Pereira Figueiredo, Agostinho Cardoso Nascimento Pereira, Joudellys Andrade Silva, Wilson Gomez Manrique, Silvia Maria Di Santi, Elizaldo Costa, Orzinete Rodrigues Soares,, Rosangela Zacarias Machado

ANOFELINOS NATURALMENTE INFECTADOS COM PLASMODIUM EM RESERVAS AMBIENTAIS NA ILHA DE SãO LUíS, MARANHãO, BRASIL
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista - FCAV/UNESP - Campus de Jaboticabal
» Agência de fomento e patrocinadores: Licença do ICMBio (nº 34282-1) e aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da FCAV/Unesp, Jaboticabal (CEUA, Protocolo nº 011480/12) Agência de Fomento: FAPESP (Auxilio 2010/12820-4; Bolsa 2012/03961-9)
No Brasil, a fauna de Anopheles é bastante diversificada, o mesmo acontece no Estado do Maranhão, devido à posição fitogeográfica da área de transição. Estudos em áreas de reservas para identificar o possível efeito da coexistência de vetor-primata-humano na transmissão da malária simiana têm sido realizados por alguns pesquisadores. O objetivo desse estudo foi realizar pesquisa entomológica e de infecções naturais em anofelinos capturados em duas áreas de reserva ambiental na Ilha de São Luis com ocorrência de primatas. Capturas diárias foram realizadas na Área de Proteção Ambiental do Maracanã e na Reserva Particular Sitio Aguahy, no período de janeiro, junho e julho 2013, usando armadilhas CDC-luminosa, Shannon e isca humana protegida, por três horas consecutivas (18:00-21:00). Os pontos de capturas foram: peridomicílio, interior e margens da floresta (dossel e do nível do solo). Os mosquitos capturados foram identificados no Laboratório de Entomologia da FUNASA/São Luis e armazenados em álcool isopropílico em pool de 10 espécimes, exceto quando fosse espécime único, para realizar testes moleculares no Laboratório de Imunoparasitologia da FCAV-Unesp. O DNA genômico foi extraído usando o QIAamp DNA Mini Kit, seguindo o protocolo do fabricante. Utilizaram-se três protocolos de PCR convencional e um protocolo de identificação gênero-espécifico de PCR em tempo real. Capturou-se 416 mosquitos, totalizando 54 pools de seis espécies diferentes: Anopheles aquasalis, A. evansae, A. mediopunctatus, A. goeldii, A. nuneztovari e A. shannoni. Nenhum mosquito foi capturado com a armadilha CDC-luminosa. Na PCR em tempo real, somente três pools não amplificaram e na PCR convencional quatro pools, sendo, A. mediopunctatus (1) e A. aquasalis (3). Na identificação especifica da PCR convencional confirmou-se P. malariae/brasilianum. Estes resultados sugerem uma possível interação em equilíbrio entre o ser humano, vetor e a malária simiana, visto que na região não tem ocorrido surtos de malária humana desde 2006. Dessa forma os primatas que vivem nessas áreas podem desempenhar um papel como um reservatório para Plasmodium spp. de humanos em caso de desequilíbrio ambiental.