| A ovinocultura tem posição de destaque na exploração comercial e de subsistência. Porém, as práticas adotadas nos criadouros contribuem para a ocorrência de doenças parasitárias, que constituem um dos principais entraves para esse setor. O uso de anti-helmínticos comerciais de forma pouco criteriosa e sem orientação técnica permite a resistência parasitária. Os fungos são considerados fontes promissoras de metabólitos para o controle alternativo de verminoses. Objetivou-se avaliar a eficácia in vitro do extrato aquoso e etanólico de isolados de Aspergillus terreus, na inibição da eclodibilidade (IE) e do desenvolvimento larval de Haemonchus contortus (IDL). A IE, foi avaliada utilizando concentrações de 1 a 4,02 mg/mL de matéria seca (MS) do extrato aquoso, e concentrações de 17,31 a 69,25 mg/mL (MS) do extrato etanólico. Utilizou-se água destilada estéril como controle negativo e 15 mg/mL de fosfato de levamisol como controle positivo. Foram quantificados ovos blastomerados, larvados e larvas L1. Para a IDL foi utilizado o método adaptado de coprocultura quantitativa. Após sete dias de incubação das fezes com diferentes concentrações do extrato aquoso, larvas infectantes foram coletadas e quantificadas, obtendo-se o número de larvas desenvolvidas por gramas de fezes. Utilizou-se como controles 15 mg/mL de ivermectina e água destilada. Na IE verificou-se aumento da eficácia de inibição da eclodibilidade em função do aumento da concentração dos extratos de A. terreus. A eficácia foi superior a 80% na concentração 4,02 mg/mL do extrato aquoso, e superior a 90% nas concentrações iguais ou superiores a 51,23 mg/mL do extrato etanólico. Na IDL, o extrato aquoso de A. terreus promoveu redução da média de larvas infectantes para todas as concentrações avaliadas (p < 0,05), a concentração 1,34 mg/g de coprocultura apresentou eficácia de 74%. Conclui-se assim, que o extrato aquoso e etanólico de A. terreus apresenta potencial para o controle alternativo de H. contortus. |
