AVALIAÇÃO IN VITRO DE
Autor(es): Flávia do Prado Augusto Amaro, Juliana Maria Maczuga, Neíse Nathalie Guariza Pinto, Paulo Henrique Hummelgen, Juliana Bello Maurer, Luciano Campestrini, Andréia Buzatti, Marcelo Beltrão Molento |
A crescente demanda por novos métodos de combate a helmintos de ovinos em virtude da seleção de populações de parasitos resistentes, tem estimulado a pesquisa de fitoterápicos como alternativa à fármacos convencionais. A Palma Forrageira é uma cactácea nativa da América, a qual pode apresentar ação anti-helmíntica. O objetivo desse trabalho foi determinar a capacidade do extrato da planta sob larvas de helmintos (>90% Haemonchus contortus), resistentes a ivermectina. O extrato alcoólico foi avaliado em seis concentrações diferentes por meio do teste in vitro de migração de larvas em ágar (TMLA). As larvas foram colhidas após coprocultura de fezes de ovinos da Fazenda Experimental Canguiri, da Universidade Federal do Paraná, em Colombo, PR. Dois fármacos comerciais (monepantel 2,5% e ivermectina com abamectina 2,25%) foram utilizados como controles positivos e água destilada e álcool foram usados como controles negativos. Todos os tratamentos foram realizados em triplicata, com 200 larvas por poço. Os resultados foram avaliados estatisticamente por meio da análise de variância (ANOVA), seguida do Teste Tukey. Embora o extrato tenha apresentado inibição da motilidade das larvas com a eficácia variando entre 16,7 a 58,5%, não houve variação significativa entre as concentrações. O monepantel e a combinação ivermectina e abamectina apresentaram eficácia de 94 e 35%, respectivamente. Demonstrando a baixa eficácia da ivermectina. Os controles negativos apresentaram migração de aproximadamente 200 larvas no TMLA. Conclui-se que o extrato da Palma Forrageira pode ser um candidato para o uso contra nematódeos gastrointestinais de ovinos, necessitando ainda o aprimoramento das avaliações. |