PRIMEIRO REGISTRO DE PSYCHODOPYGUS LLOYDI (DIPTERA, PSYCHODIDAE) NO MUNICÍPIO DE LAVRAS, MINAS GERAIS
Autor(es): Lidiane do Couto Lemes, Bruna Conceição Ferreira, Thales Augusto Barçante, Andrey José de Andrade, Joziana Muniz de Paiva Barçante
PRIMEIRO REGISTRO DE PSYCHODOPYGUS LLOYDI (DIPTERA, PSYCHODIDAE) NO MUNICÍPIO DE LAVRAS, MINAS GERAIS
» Área de pesquisa: ENTOMOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Lavras
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES/CNPq,FAPEMIG,PETI BIOPAR
Os flebotomíneos (Psychodidae, Phlebotominae) são reconhecidos pela sua importância para a saúde pública por serem responsáveis pela transmissão do protozoário do gênero Leishmania entre o homem, animais domésticos e silvestres. De acordo com o Ministério da Saúde, o controle das leishmanioses está pautado, entre outros aspectos, no monitoramento do vetor. A identificação do vetor torna possível a implementação de programas de vigilância entomológica e conseqüentemente interrompe um importante elo da cadeia de transmissão do parasito. As principais ferramentas para a confecção de estratégias direcionadas de controle e de combate a esses vetores são o conhecimento da sua distribuição geográfica e temporal. Por esta razão, o presente trabalho teve por objetivo incluir Psychodopygus lloydi à fauna flebotomínica do município de Lavras, no estado de Minas Gerais. Para a realização das capturas de flebotomíneos foram utilizadas armadilhas luminosas do tipo CDC, instaladas em uma região de trilha, localizada dentro do campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). As armadilhas foram mantidas, durante três dias consecutivos, das 18h às 6h da manhã seguinte. Os insetos capturados foram triados no Laboratório de Biologia Parasitária da UFLA e os flebotomíneos encaminhados para Laboratório de Entomologia Universidade de Brasília. Análises morfológicas permitiram a identificação de três machos de Psychodopygus lloydi. Embora, casos autóctones de leishmaniose visceral canina e leishmaniose tegumentar humana tenham sido registrados no município de Lavras, até o presente momento não se tem informação sobre o envolvimento de Ps. lloydi na transmissão do parasito. Contudo, o resultado deste trabalho contribui com os avanços dos estudos sobre a distribuição geográfica dos flebotomíneos no Estado, além de ser o primeiro registro da ocorrência da espécie no município.