ENTEROPARASITOSES EM TRABALHADORES RURAIS E CONTACTANTES DO OESTE DO PARANÁ.
Autor(es): Laura Helena França de Barros Bittencourt, Fernanda Evers, Cleuza Aparecida da Rocha Montanucci, Fernando Furlan, Italmar Teodorico Navarro, Marivone Valentim Zabott, Liane Maria Miotto, Erica Delai Dotto |
As enteroparasitoses representam um problema para a saúde pública mundial afetando adultos e crianças. Três fatores estão intimamente ligados à ocorrência de parasitoses: o parasita, o hospedeiro e o ambiente. Os parasitas intestinais estão entre os patógenos mais frequentes em seres humanos. No Brasil, o clima tropical, a situação sócio-econômica e a cultural são favoráveis as infecções parasitárias. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência das enteroparasitoses em trabalhadores e possíveis contactantes de granjas suinícolas da região oeste do Paraná, Brasil. No período de julho de 2012 a setembro de 2013 foram analisadas amostras de fezes de 345 indivíduos de 140 propriedades rurais dos municípios de Palotina, Maripá e Nova Santa Rosa pelas técnicas de sedimentação simples método de Hoffman e flutuação em sulfato de zinco método de Faust. A prevalência dos parasitos nas amostras analisadas foi Endolimax nana 17,39% (60/345), Entamoeba coli 7,82% (24/345), Giardia lamblia 1,44% (5/345), Iodamoeba bustschlii 1,15% (4/345), Hymenolepis nana 0,86% (3/345), Ancyslotoma sp 0,57% (2/345), Entamoeba histolytica/díspar 0,28% (1/345). A prevalência de poliparasitados nesse estudo foi de 4,63% (16/345). Os protozoários mais diagnosticados nos exames coproparasitológicos foram E. nana e E. coli. Todos os participantes do estudo responderam a um questionário epidemiológico, para análise dos fatores associados ao risco da infecção por enteroparasitas, mas não foi observada associação estatística significativa com nenhuma das variáveis estudadas. A pesquisa demonstrou que a infecção parasitaária é baixa nos trabalhadores e possíveis contactantes de granjas suinícolas nos municípios estudados, mas é importante persistir com as medidas preventivas como educação sanitária, saneamento básico e medidas básicas de higiene. |