As helmintoses em ovinos podem acarretar prejuízos econômicos em decorrência de sua patogenicidade levando a perda de peso, anemia e muitas vezes a morte, cujo controle tem sido baseado na utilização de anti-parasitários. O objetivo do presente estudo foi realizar o levantamento da ocorrência de verminoses e a utilização de anti-helmínticos em feira agropecuária onde os ovinos eram provenientes de cabanhas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no período de 2012 e 2013. Para tanto foram coletadas amostras fecais e submetidas aos métodos de Gordon & Whitlock (OPG) e Roberts & O´Sullivan (coprocultura) e aplicado um questionário para os proprietários sobre manejo sanitário e tratamento anti-helmíntico. O resultado dos exames parasitológicos evidenciou que 30% das amostras apresentavam ovos do tipo Strongyloidea e na coprocultura o gênero Haemonchus prevaleceu. O questionário mostrou que todos os entrevistados utilizavam anti-helmínticos, variando de 24 (2,8%), 12 (36,1%), 6 (27,8%) e 4 (19,4%) medicações por ano. Os anti-helmínticos mais utilizados foram levamisole (33,3%), closantel (30,5%) e ivermectin (22,2%), com alguns proprietários fazendo alternância ao longo do ano. As aplicações de anti-helmínticos foram realizadas pelo funcionário (46,1%), pelo proprietário (33,3%) e pelo médico veterinário (20,5%) e a principal via de aplicação foi a via oral (61,1%).Conclui-se que apesar do número elevado de medicações, o controle de parasitos gástricos, principalmente para o gênero Haemonchus, ainda é ineficiente. Medidas de manejo adequadas, avaliações das populações de parasitos e de princípio ativo devem ser executadas. Os ovinocultores receberam orientação sobre as verminoses prevalentes e da necessidade de adotarem uma rotina de exames parasitológicos e critério na desverminação.
Palavras-chave: Ovinos, helmintos gástricos, OPG, coprocultura, anti-helmínticos.
|
