PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-SARCOCYSTIS NEURONA EM EQUINOS NA REGIÃO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Autor(es): MANOEL JUNQUEIRA MACIEL RIBEIRO, MARINA HELENA FIGUEIREDO ROSA, ANTÔNIO MARCOS GUIMARÃES, CHRISTIANE MARIA BARCELLOS MAGALHÃES DA ROCHA, ADRIANA MELLO GARCIA, FÁBIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN, DÉBORA OLIVEIRA DAHER, AUGUSTO B. VELOSO, MARCELLE BIANCA FÉLIX |
Este estudo observacional seccional teve como objetivo determinar a soroprevalência de Sarcocystis neurona, agente da mieloencefalite protozoária equina (MPE), em equinos Mangalarga Marchador, no sul de Minas Gerais, bem como, analisar prováveis fatores de risco associados à infecção por este protozoário. Amostras de soros de 326 equinos, composta por 103 machos (31,6%) e 223 fêmeas (68,4%), sendo 40 (12,3%) potros (<2 anos de idade) e 286 (87,7%) adultos (>2 a 28,5 anos de idade), provenientes de 34 haras, localizados em 23 municípios, foram coletas entre abril de 2012 a outubro de 2013. No momento da visita, os criadores responderam um questionário sobre as condições de manejo, sanidade e características das propriedades. A pesquisa de anticorpos IgG anti-S. neurona foi realizada por meio da reação de imunofluorescência indireta (RIFI), e utilizou-se como ponto de corte a diluição 1:80. Para o cálculo da prevalência verdadeira, com intervalo de confiança (IC) de 95%, foram considerados os valores de 88,9% e 100%, respectivamente, para sensibilidade (SEN) e especificidade (ESP). No cálculo da prevalência verdadeira entre haras, esses valores foram ajustados para SEN e ESP entre rebanhos, considerando a propriedade positiva quando possuía pelo menos um equino sororeagente. Os dados deste estudo foram tabulados no programa Epidata e analisados no software SPSS Statistics 20. A prevalência global de equinos soropositivos foi de 24,2% (IC95% 19,4% ─ 29,6%) entre os animais, e 94,1% (IC95% 90,2% ─ 100%) entre as propriedades. Equinos adultos apresentaram 4,2 vezes mais chances de serem sororeagentes para S. neurona (p= 0,003; OR= 4,210; IC95%= 1,48 – 11,95), quando comparados aos potros. Nenhum dos equinos soropositivos tinha histórico de problemas neurológicos. Os resultados parciais deste estudo indicam que, a infecção por Sarcocystis neurona é endêmica em equinos Mangalarga Marchador e tem ampla distribuição entre haras da região Sul do estado de Minas Gerais.
Palavras-chave: Apicomplexa, mieloencefalite protozoária equina, sorologia, RIFI
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