ANAIS 2014
SOBREVIVÊNCIA DE LARVAS DE NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS EM PASTAGENS IRRIGADAS, COM PASTEJO ROTACIONADO, NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
Autor(es): Vanessa Diniz Vieira, Franklin Riet-Correa, Márcia Alves Medeiros, Vinícius Longo Ribeiro Vilela, Jouberdan Aurino Batista, Lídio Ricardo Bezerra de Melo, Diego Vagner de Oliveira Souto

SOBREVIVêNCIA DE LARVAS DE NEMATóDEOS GASTRINTESTINAIS EM PASTAGENS IRRIGADAS, COM PASTEJO ROTACIONADO, NO SEMIáRIDO NORDESTINO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Campina Grande
» Agência de fomento e patrocinadores:
Sistemas de pastejo rotacionado, com irrigação, são utilizados para a criação de ovinos; porém, nesses sistemas, agravam-se as infecções por nematódeos gastrintestinais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência das larvas L3 de nematódeos gastrintestinais em pastagens irrigadas, com 3 dias de pastejo e 35 dias de descanso, no Vale do São Francisco. O estudo foi realizado na fazenda Ilha Grande, no município de Belém do São Francisco, Pernambuco, em um rebanho de 750 ovinos mestiços Dopper x Santa Inês, criados em uma área de 11.5 ha de pastagem irrigada, dividida em 23 piquetes de Cynodon dactylon, com 0,5 ha cada, e um piquete com Panicum maximum cv. Aruana. Foram realizadas visitas mensais, de julho a dezembro de 2013, para coleta de amostras das pastagens para identificação e quantificação de larvas. Eram coletadas 5 amostras por piquete e cada amostra era formada por 5 porções de pasto, cortadas rente ao chão, em pontos diferentes dentro de um quadro de 0,0625m2 (25 x 25 cm), conforme a técnica de W escrita por Raynauld. Após contagem das larvas, os valores foram convertidos para número de larvas por quilo de matéria seca (L3/KgMS). As médias das larvas de L3/KgMS de nematódeos encontrados nos piquetes foram de 238,4 Haemochus contortus, 14,6 Trichostrongylus spp., 1,1 Strongyloides spp. e 1.1 Oesophagostomum spp. Não foram encontradas larvas no estágio L3 de nematódeos aos 35 dias de descanso e o pico de infestação ocorreu no 15º dia apos saída dos animais dos piquetes com 1113,4 L3/KgMS. Para o controle das parasitoses gastrintestinais em sistemas rotacionados, em pastagens irrigadas, no semiárido, recomenda-se o pastejo dos piquetes por até 3 dias continuados com intervalos de 35 dias sem pastejo.