ANAIS 2014
TRANSMISSÃO VERTICAL DE TRYPANOSOMA EVANSI EM OVELHAS EXPERIMENTALMENTE INFECTADAS
Autor(es): Nathieli Bianchin Bottari, Gabriela Campigotto, Tais Regina Sczesny, Vanderlei Klauck, Rafael Pazinato, Silvia Gonzalez Monteiro, Aleksandro Schafer da Silva

TRANSMISSãO VERTICAL DE TRYPANOSOMA EVANSI EM OVELHAS EXPERIMENTALMENTE INFECTADAS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES,CNPq
Trypanosoma evansi apresenta ampla distribuição geográfica e é capaz de causar doença em vários animais domésticos e silvestres. Neste estudo experimental, foram utilizadas ovelhas por serem animais susceptíveis a tripanossomose e possuírem grande importância econômica em várias regiões brasileiras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de transmissão vertical de T. evansi em condições experimentais. Para isso, três ovelhas gestantes, confirmada por ultrassonografia, foram usadas neste estudo. Uma ovelha no quarto mês de gestação foi identificada como A e usada como controle negativo. As outras duas ovelhas (B e C) foram infectadas com um isolado de T. evansi pela via venosa (4,6x106 tripanosomas por animal). As ovelhas B e C estavam no quarto e terceiro mês de gestação, respectivamente. As ovelhas infectadas com T. evansi foram monitoradas diariamente por esfregaço sanguíneo periférico e desenvolveram uma parasitemia desde o quinto dia pós-infecção, no entanto, essa parasitemia foi baixa e oscilante durante todo experimento (0-1 parasitos por campo em aumento de 100x). Hemograma completo foi realizado a cada sete dias, sendo constatada uma redução de eritrócitos e concentração de hemoglobina nas ovelhas infectadas (B e C), assim como um aumento do número de leucócitos totais com linfocitose, quando comparado à ovelha não infectada (A). As três ovelhas tiveram parto duplo, sendo que a ovelha A, não infectada, pariu dois cordeiros vivos e saudáveis, a ovelha B pariu um dos cordeiros morto e o segundo morreu 72 horas pós parto e a ovelha C pariu um morto e o segundo morreu 24 horas pós parto. A coleta de sangue dos cordeiros, anterior à ingestão do colostro, mostraram que os quatro cordeiros oriundos das ovelhas infectadas estavam positivos para T. evansi no esfregaço sanguíneo, sorologia (CATT/T. evansi) e biologia molecular. Então, concluímos que ocorreu transmissão vertical pelo parasito T. evansi nas ovelhas.