ANAIS 2014
INFESTAÇÃO POR CARRAPATOS EM EQUÍDEOS CRIADOS NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
Autor(es): Rodolfo Castilho Cardoso, Lareska Caldeira Morzelle, Magali Goldbeck, Annaiza Braga Bignardi Santana, Marcus Sandes Pires, Huarrisson Azevedo Santos, Carlos Luiz Massard, Tiago Marques dos Santos

INFESTAçãO POR CARRAPATOS EM EQUíDEOS CRIADOS NO MUNICíPIO DE RONDONóPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT). Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O parasitismo por carrapatos em equídeos apresenta graves prejuízos para o Complexo do Agronegócio Cavalo. Neste contexto, destacam-se perdas diretas pelo parasitismo e indiretas pela transmissão de agentes patogênicos, principalmente Theileria equi e Babesia caballi. O objetivo deste estudo foi identificar e avaliar o nível de infestação por carrapatos em equídeos criados em propriedades do município de Rondonópolis-MT. Foram selecionadas 14 propriedades, nas quais 132 equídeos foram inspecionados visualmente para identificar e quantificar a infestação por carrapatos adultos, em quatro níveis: ausência, leve (1 a 20 carrapatos/animal), moderada (21 a 50 carrapatos/animal) e intensa (acima de 50 carrapatos/animal). Os carrapatos coletados foram acondicionados em álcool isopropílico para identificação em nível de espécie por meio de chave dicotômica. Em apenas uma propriedade os equídeos não apresentavam infestação por carrapatos. Os carrapatos adultos coletados parasitando os equídeos foram das espécies Dermacentor nitens, Amblyomma cajennense e Rhipicephalus microplus. Do total de equídeos inspecionados, 53,03% (n=70) apresentaram infestação por pelo menos uma das espécies de carrapatos relatadas acima com nível de infestação predominantemente leve. No entanto níveis de infestações moderada e severa foi observado em vários equídeos. Dentre os equídeos infestados, apenas D. nitens foi observada em 58,57% (n=41), A. cajennense em 18,57% (n=13) e por ambas as espécies em 15,71% (n=11). A infestação por R. microplus foi observada em apenas 7,14% (n=5) dos equídeos. Em 7,14% (n=5) dos equídeos observou-se apenas infestação por larvas de carrapatos ixodídeos. Os locais mais frequentemente infestados por D. nitens foi o pavilhão auricular, falsas narinas e embaixo da cauda, enquanto que para A. cajennense foi a cabeça, pescoço, peitoral e axilas. Rhipicephalus microplus foi observado na região do costado, ancas e patas dos equídeos. Conclui-se que equídeos criados no município de Rondonópolis-MT se infestam com D. nitens, A. cajennense e R. microplus em níveis variados de infestação.