ANAIS 2014
INFECÇÕES POR PIROPLASMAS EM CÃES DOMICILIADOS NA CIDADE DE NITERÓI – RJ ATENDIDOS NO HUVET-UFF
Autor(es): Tainá de Castro Ribeiro, Álisson Meshala de Aguiar Britto, Luiza Marques Gonçalves, Eloy da Silva Seabra Junior, Nádia Regina Pereira Almosny, Daniel de Barros Macieira

INFECçõES POR PIROPLASMAS EM CãES DOMICILIADOS NA CIDADE DE NITERóI – RJ ATENDIDOS NO HUVET-UFF
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq, FAPERJ, PROPPi-UFF
Piroplasmoses são doenças transmitidas por carrapatos, de ocorrência relativamente comum em cães, causadas por hemoprotozoários de distribuição mundial. Com base no conhecimento vigente, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência de infecções por Piroplasmídeos em cães atendidos no HUVET-UFF durante um período de 12 meses, identificando fatores associados à presença da infecção. Foram obtidas 336 amostras coletadas entre maio/2011 e fevereiro/2012 distribuídas uniformemente nas estações do ano, durante a rotina de atendimento. Realizados os hemogramas, o DNA das amostras foi extraído e armazenado para a posterior realização de PCRs específicas para a região 18SrRNA do DNA de Piroplasmas. As amostras positivas nesta reação foram submetidas à digestão por enzimas de restrição (Hinf I e Taq I), o que possibilita diferenciar diversas espécies de piroplasmas que infectam cães. Os resultados foram analisados estatisticamente através dos testes de Qui-Quadrado e Exato de Fisher (quando aplicável) ou Mann Whitney. Cinco dos 336 animais avaliados (1,49%; IC95% 0,48 – 3,44) estavam positivos para o DNA de Piroplasmas. A análise dos perfis de restrição enzimática comprovou que todas as amostras eram positivas apenas para o DNA de Babesia vogeli. Não houve variação entre os achados de positividade para piroplasmas e a estação do ano (p=0,877). Todos os animais infectados eram machos, o que mostrou uma associação da infecção com o sexo do animal (p=0,026). A leucometria global mostrou-se reduzida entre os animais positivos, quando comparada aos negativos (p=0,010), porém os animais não se apresentavam leucopênicos o que se justifica pela menor quantidade de leucócitos segmentados encontrados no grupo de animais positivos (p=0,004). Animais positivos para B. vogeli apresentaram plaquetometria reduzida quando comparada aos animais negativos, caracterizando trombocitopenia (p=0,001). Apenas B. vogeli foi encontrado na região estudada, sendo necessários estudos complementares envolvendo mais amostras positivas que busquem por outros Piroplasmas que infectem cães na região.