OCORR¨ºNCIA DE CALYPTOSPORA SP. NO F¨ªGADO PLAGIOSCION AUREATUS NA ILHA DE MARAJ¨®, PAR¨¢/BRASIL.
Autor(es): Iracema Lima Pereira, Michele Velasco Oliveira Silva, Patr¨ªcia de F¨¢tima Sacco dos Santos, Patr¨ªcia Santos Matos, Edilson Rodrigues de Matos
OCORR¨ºNCIA DE CALYPTOSPORA SP. NO F¨ªGADO PLAGIOSCION AUREATUS NA ILHA DE MARAJ¨®, PAR¨¢/BRASIL.
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq, SISBIO/ICMBIO-IBAMA Licença 27119, FAPESPA, Banco Santander.
A espécie P. aureatus, conhecida popularmente como pescada preta, é utilizada como fonte de alimento, por populações ribeirinhas e da ilha do Marajó com grande importância na pesca artesanal. Os peixes são o substrato vivo com maior tempo de adaptação, e por viverem na água facilitam a dispersão e infecção de diversos parasitos e se faz necessário o estudo desses parasitos, que causam grande danos aos hospedeiros de valor econômico e consequentemente aos consumidores desse tipo de alimento. Dentre os diversos parasitos que infectam peixes, destacamos o reino Protozoa, em especial o filo Apicomplexa Levine 1980, que é um complexo grupo de microrganismos com formas patogênicas e parasitárias que ocorrem também em moluscos, bivalves e peixes. Este trabalho avaliou 20 exemplares de pescada preta, capturados em Ponta de Pedras na ilha de Marajó (10 23’S 480 52’W), estado do Pará. Após a captura, os animais foram acondicionados em sacos plásticos com água do habitat e aeração artificial e, transportados vivos até o Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA-UFRA), em Belém-PA. Os animais foram anestesiados, sacrificados e necropsiados; pequenos fragmentos do fígado foram retirados para observação a fresco em microscopia de luz (ML). Em 15 exemplares (15/20) (75%), pode ser observado a presença de vacúolos parasitóforos com oocistos parasitários, dispersos em todo parênquima hepático; os oocistos apresentavam forma arredondada e continham em seu interior 04 esporocistos de formato elipsoidal com suas respectivas projeções, envolto por um véu membranoso, sendo identificados pela sua morfologia como pertencentes ao gênero Calyptospora. Este foi o primeiro estudo sobre ocorrência de Apicomplexa em P. aureatus (Castelnau, 1855) oriundo da ilha de Marajó. Faz-se necessário mais estudo em microscopia eletrônica de transmissão e biologia molecular para identificação da espécie com esclarecimento das lesões teciduais hepáticas causadas pelo parasitismo no hospedeiro.