ANAIS 2014
INFLUÊNCIA DO PH EM FORMULAÇÃO FÚNGICA UTILIZADA NO CONTROLE DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS
Autor(es): Allan Felipe Marciano, Wendell M. S. Perinotto, Caio J. B. C. Rodrigues, Mariana G. Camargo, Simone Quinelato, Patrícia S. Gôlo, Fillipe A. de Sá, Michel R. S. Nogueira, Maria Clemente de Freitas , Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt

INFLUêNCIA DO PH EM FORMULAçãO FúNGICA UTILIZADA NO CONTROLE DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: UFRRJ
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq; CAPES; FAPERJ.
O carrapato Rhipicephalus microplus é considerado um dos principais agentes causador de prejuízos à pecuária. Na busca por estratégias de controle deste artrópode, o uso de fungos artropodopatogênicos como Metarhizium anisopliae tem apresentado resultados promissores. A produção de proteases por M. anisopliae é considerada um importante fator de virulência, pois estas enzimas são fundamentais no processo de infecção do hospedeiro. A produção e a atividade das proteases são moduladas pelo pH do meio no qual o fungo é cultivado, tornando importante o estudo da influência deste fator na atividade enzimática e fúngica. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito patogênico do isolado CG148 de M. anisopliae formulado em diferentes valores de pH sobre fêmeas ingurgitadas de R. microplus e avaliar a atividade proteolítica total do isolado CG148 cultivado em meio mínimo contendo cutícula de R. microplus em diferentes valores de pH. Foram testadas três formulações do isolado CG148, com variações de pH de 5, 7 e 9. Todas na concentração de 10⁸ conídios/mL. O ensaio biológico de patogenicidade foi composto por seis grupos, nas três variações de pH, no qual cada variação continha o grupo tratado e seu respectivo controle (sem fungo). A atividade proteolítica foi determinada pela hidrólise de azocaseína a partir da cultura em meio mínimo. Nos bioensaios com fêmeas ingurgitadas, o pH alcalino mostrou influenciar negativamente a formulação fúngica, no qual o percentual de controle foi de 36,89%, sendo considerado 1,58 vezes menor do que a formulação com pH neutro (58.92%). Tais resultados relacionam-se com os ensaios enzimáticos, que mostraram atividade proteolítica significativamente reduzida no pH alcalino (8,16 U) quando comparado as atividades em meio neutro (10,08 U) e ácido (10,28 U). A partir disso, pode-se concluir que o pH influencia na eficiência de formulações fúngicas utilizadas para o controle do carrapato dos bovinos.