ANAIS 2014
HELMINTOFAUNA DE DERMATONOTUS MUELLERI (ANURA: MICROHYLIDAE) EM SELVÍRIA, MS.
Autor(es): Mariana Retuci Pontes, Murilo de Souza Queiroz, Gustavo Alonso Crepald Cardozo, Ingrid Camargo dos Reis, Luciano Alves dos Anjos

HELMINTOFAUNA DE DERMATONOTUS MUELLERI (ANURA: MICROHYLIDAE) EM SELVíRIA, MS.
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista - UNESP
» Agência de fomento e patrocinadores: BIOTA-FAPESP (2012/20978-2; 2013/18927-3); CNPq 474584/2013-5; FUNDUNESP.
A maior diversidade biológica está concentrada nas regiões tropicais, porém estas regiões ainda são relativamente subamostradas. Dentro do grupo de espécies pouco amostradas destacamos os helmintos parasitas de anfíbios, que representam um verdadeiro “zoológico invisível”. Adicionalmente, os parasitas constituem uma parte importante da biodiversidade em todos os ecossistemas, contribuindo para manutenção da diversidade local de hospedeiros e das funções ecossistêmicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a comunidade de parasitas, e seus parâmetros parasitários em Dermatonotus muelleri (Anura: Microhylidae) em uma área de Cerrado, no município de Selvíria, Mato Grosso do Sul. Os anfíbios foram amostrados através de armadilhas de interceptação e queda (AIQ), levados para o Laboratório de Ecologia do Parasitismo (LECOP) na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, UNESP, onde foram eutanasiados com solução de tiopental sódico e todos os órgãos internos, a cavidade celomática e a musculatura dos membros posteriores foram avaliados quanto a presença de parasitas. Os helmintos foram coletados, fixados à fresco e identificados de acordo com a metodologia clássica. Foram amostrados 31 anfíbios, a ocorrência geral foi de 71 % e a intensidade média de infecção (IMI) foi de 39 ± 50,4. Encontramos quatro táxons de nematóides, Aplectana sp. (Cosmocercidae), Oxyascaris sp. (Oxyascarididae), Pharyngodonidae, Rhabdias sp. (Rhabdiasidae) e um táxon de trematódeo digenético. A ocorrência e a IMI de nematóides foi de 71% e 34,2 ± 50,7, respectivamente. Para os trematódeos a ocorrência e a IMI foi de 12,9% e 26,5 ± 24,4, respectivamente. De modo geral as populações naturais de anfíbios apresentam elevada ocorrência geral. No entanto tendem a apresentar baixa riqueza de espécies de helmintos associados. Este é o primeiro registro para todos esses táxons de helmintos para o anfíbio Dermatonotus muelleri.