Prejuízos ocasionados por carrapatos são comuns na pecuária. O controle desses ectoparasitos com acaricidas químicos podem promover danos à saúde humana e animal, favorecer a seleção de parasitos resistentes e contaminar o ambiente. A utilização de vegetais pode ser alternativa promissora. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato etanólico das folhas de Lippia sidoides Cham. (alecrim-pimenta) e de Annona crassiflora Mart. (panã) sobre o carrapato Rhipicephalus microplus. As teleóginas provenientes de Francisco Sá, Norte de Minas Gerais, foram pesadas, higienizadas e distribuídas após triagem quanto à viabilidade, integridade física e grau de ingurgitamento. Procedeu-se a separação para se obter pesos homogêneos utilizando quatro repetições por tratamento contendo 10 carrapatos. Foi adicionado extrato etanólico nas concentrações 25, 50, 75, 100 e 150 mg mL-1 solubilizadas em dimetilsulfóxido (DMSO) a 1% v/v. Para os controles utilizou-se DMSO a 1% v/v diluído em água destilada estéril e somente água destilada estéril. Produto a base de cipermetrina, clorpirifós e citronelal foi usado como controle positivo. Os extratos das plantas, em todas as concentrações avaliadas, inibiram significativamente a capacidade de postura das teleóginas (p ≤ 0.05). Com relação ao extrato de A. crassiflora, os menores valores de eclodibilidade (p≤0,05) foram verificados para as concentrações de 25, 50 e 150 mg mL-1. A taxa de mortalidade dos carrapatos foi avaliada entre o segundo e terceiro dia pós-inoculação, onde se pode observar percentual de 7,5% utilizando extrato de L. sidoides na concentração de 150 mg mL-1. Para o extrato de A. crassiflora, a eficácia superior a 95% foi observada somente para a concentração 50 mg mL-1 e L. sidoides eficácia de 72% na concentração de 75 mg mL-1. Dessa forma, verificou-se efeito acaricida para os extratos avaliados, entretanto, estudos toxicológicos e in vivo são necessário para indicá-los de forma segura e eficiente no controle alternativo desse carrapato. |