| O Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, da Universidade de Brasília, presta suporte diagnóstico ao hospital veterinário emitindo laudos coproparasitológicos de animais de companhia, de produção e silvestres. Esses animais são oriundos, principalmente, do Distrito Federal e entorno. Com a finalidade de consolidar os respectivos dados e construir conhecimento sobre a epidemiologia das parasitoses prevalentes na região foi feito o levantamento dos laudos emitidos entre os anos de 2012 e 2013. Trata-se de um levantamento descritivo de fonte primária. No biênio 2012-2013 foram examinadas 351 amostras de fezes de cães, utilizando protocolo padrão compreendendo duas técnicas: a direta e a de flutuação (Willis-Molay). Do total, 20,22% (71/351) foram positivas para a presença de ovos de helmintos e/ou oocistos e cistos de protozoários apresentando as seguintes proporções: ancilostomídeos – 35,21% (25/71); Giardia sp. – 30,98% (22/71); Cystoisospora spp. – 15,49% (11/71); Toxocara canis – 11,26% (08/71); Trichuris vulpis – 2,81 % (02/71) e Toxascaris leonina – 1,40% (1/71). As infecções mistas foram responsáveis por 2,81% (02/71) dos resultados positivos e essas envolveram Ancylostoma spp., Toxocara canis e Toxascaris leonina. Os resultados evidenciam a participação dos ancilostomídeos como principais causadores de parasitoses intestinais em cães. Além da importância das formas clínicas hiperaguda e aguda, em animais jovens, atenção também deve ser voltada para Ancylostoma braziliense, incriminado como principal causador da larva migrans cutânea em seres humanos. Outras infecções de potencial zoonótico são as toxocaríases e giardíases. Em relação às infecções por Giardia sp., a literatura registra o aumento da probabilidade de infecções em crianças que possuem cães no domicílio. |
