ANAIS 2014
DIAGNÓSTICO ENDOPARASITOLÓGICO DE ANIMAIS SILVESTRES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNB, ENTRE 2012-2013.
Autor(es): Samara Muniz Fidelis da Silva, Bidiah Mariano da Costa Neves, Gino Chaves da Rocha

DIAGNÓSTICO ENDOPARASITOLÓGICO DE ANIMAIS SILVESTRES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNB, ENTRE 2012-2013.
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade de Brasília
» Agência de fomento e patrocinadores: Não há.
O Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, da Universidade de Brasília, presta suporte diagnóstico ao Hospital Veterinário emitindo laudos coproparasitológicos de animais de companhia, produção e silvestres oriundos, principalmente, do Distrito Federal e entorno. Para consolidar os dados e construir conhecimento sobre a epidemiologia das parasitoses de animais silvestres prevalentes na região foi feito um levantamento de fonte primária dos laudos emitidos entre os anos de 2012 e 2013. Foram examinadas 220 amostras de fezes das quais 24,09% (53/220) foram positivas. Amostras ‘positivas’ eram as que apresentassem ovos, larvas ou oocistos de parasitos (helmintos ou protozoários). O protocolo padrão foi exame direto e flutuação (Willis-Molay). As amostras triadas, conforme o grupo (‘mamíferos’, ‘aves’, e ‘répteis’), apresentaram os seguintes resultados, respectivamente: 92, 101, e 27 do total das amostras. Em ‘mamíferos’, houve positividade em 34,78% (32/92): 9,37% (03/32) de infecção mista; 28,12% (09/32) de ancilostomídeos (Strongylida); 3,12% (01/32) de oxiurídeos; 25,00% (08/32) de coccídeos; 3,12% (01/32) de ascaridídeos; 3,12% (01/32) de acantocéfalos; 12,5% (04/32) de estrongilídeos (Rhabditida); 3,12% (01/32) de coccídeos (Apicomplexa); 6,25% (02/32) de Spirometra sp.; 3,12% (01/32) de Primasubulura jacchi; e 3,12% (01/32) de Tritrichomonas foetus. Em ‘aves’: 13,86% (14/101) foram positivas: 21,42% (03/14) de infecção mista; 7,14% (01/14) de ancilostomídeos; 35,71% (05/14) coccídeos (Apicomplexa); 21,42% (03/14) de Capillaria spp.; 7,14% (01/14) de Heterakis gallinarum; e 7,14% (01/14) de ascaridídeos. Em ‘répteis’: 25,93% (07/27) das positivas: 14,28% (01/07) de infecção mista; 28,57% (02/07) de ancilostomídeos; 14,28% (01/07) de coccídeos; 28,57% (02/07) de estrongilídeos e 14,28% (01/07) de Strongyloides sp. Os resultados sinalizam os principais causadores de parasitoses em animais silvestres, a saber: ancilostomídeos (mamíferos e répteis), Apicomplexa (aves) e estrongilídeos (répteis). O Cerrado é o segundo bioma em biodiversidade do Brasil. Conhecer as patocenoses silvestres permitirá perceber o potencial zoonótico dessas parasitoses.