ANAIS 2014
INQUÉRITO SOROLÓGICO PARA FEBRE MACULOSA EM PEQUENOS MAMÍFEROS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
Autor(es): Lina de Campos Binder, Felipe Krawczak, Jonas Sponchiado, Geruza L.Melo, Jonas Moraes-Filho, Nilton C. Cáceres, Marcelo B. Labruna

INQUéRITO SOROLóGICO PARA FEBRE MACULOSA EM PEQUENOS MAMíFEROS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade de São Paulo, FMVZ, VPS
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP, CAPES e CNPq
Pequenos mamíferos são os principais hospedeiros dos estágios imaturos de muitas espécies de carrapatos, contribuindo, portanto, na manutenção destes ixodídeos na natureza, podendo também atuar como hospedeiros amplificadores de patógenos transmitidos por carrapatos para humanos e animais. A presença destes animais em áreas próximas a regiões urbanas ou de exploração rural facilita a exposição dos seres humanos aos patógenos veiculados por carrapatos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo investigar a circulação de bactérias do gênero Rickettsia pertencentes ao Grupo da Febre Maculosa entre pequenos mamíferos silvestres do sudoeste do Mato Grosso do Sul. Os animais foram coletados entre Fevereiro de 2012 e Julho de 2013 em 54 fragmentos de Cerrado, localizados nos municípios de Terenos, Anastácio, Miranda, Bonito e Nioaque, e, em sua maioria, circundados por pastagens destinadas à criação de gado. Ao todo, foram utilizadas amostras de soro de 69 animais de 13 espécies diferentes, sendo 9 de roedores (Calomys callosus, Calomys tener, Cerradomys maracajuensis, Cerradomys scotti, Hylaemys megacephalus, Nectomys rattus, Oecomys bicolor, Oecomys mamorae e Rhipidomys macrurus) e 4 de marsupiais (Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis, Marmosa murina e Thylamys macrurus). Todas as amostras foram submetidas à reação de imunofluorescência indireta para os antígenos de Rickettsia rickettsii, R. parkeri, R. rhipicephali e R. amblyommii. Dentre os roedores não foi identificada nenhuma amostra positiva, enquanto que entre os marsupiais, 13,6% (3/22) dos animais apresentaram-se soropositivos, sendo 2 para R. rickettsii (títulos de 128), 3 para R. parkeri (títulos de 64 a 128), 3 para R. amblyommii (títulos de 128 a 1024) e 3 para R. rhipicephali (títulos de 128 a 512). Tais resultados indicam que há circulação de rickettsias do Grupo da Febre Maculosa entre os marsupiais dessa região.