DINÂMICA POPULACIONAL DA HAEMATOBIA IRRITANS (MOSCA-DOS-CHIFRES) NO SEMIÁRIDO PARAIBANO
Autor(es): MÁRCIA ALVES DE MEDEIROS, ANTÔNIO THADEU MEDEIROS DE BARROS, FRANKLIN RIET- CORREA, ROSANE MARIA TRINDADE DE MEDEIROS, VANESSA DINIZ VIEIRA, MARCELO BAHIA LABRUNA, JOSÉ RADMÁCYO GOMES LOPES |
| Haematobia irritans é considerada um ectoparasita de bovinos, com importância econômica reconhecida em vários países, incluindo o Brasil. Objetiva-se com este estudo conhecer a dinâmica populacional da H. irritans no semiárido paraibano e os níveis de infestação ocorrentes ao longo do ano em bovinos da raça Sindi. O estudo foi realizado de abril de 2011 a abril de 2013, no Núcleo de Pesquisa para o Trópico Semiárido, da Universidade Federal de Campina Grande, município de Patos, PB (07°0’25’’, 37°16’41’’), a uma altitude de 242 metros. Contagens do número de moscas por animal foram realizadas em 27 bovinos (26 vacas e um touro), entre 07:00 e 08:30 h, a cada 14 dias, durante todo o período de estudo. Paralelamente às contagens, foram obtidos registros climáticos mensais referentes à precipitação pluviométrica acumulada e valores médios de temperatura e umidade relativa. Infestações pela mosca-dos-chifres foram observadas durante todo o ano em pelo menos 96% dos animais, com maiores infestações no período de setembro/outubro a março. Observou-se um comportamento bimodal da mosca, com picos populacionais em março e outubro, e infestações médias de 177,8 e 226,4 moscas/animal, respectivamente. O maior pico (outubro) apresentou relação direta com o aumento da temperatura, atingindo infestações individuais de até 1.800 moscas no touro. Conclusões: No semiárido da Paraíba, infestações por H. irritans ocorrem durante todo o ano, com picos populacionais durante a época seca (março e outubro) e níveis de infestação que sugerem significativas perdas econômicas à pecuária da região. |
