ANAIS 2014
PRESENÇA DE STRONGYLOIDES SP. EM PUMA CONCOLOR ENCONTRADO NO MUNICÍPIO DA PALMEIRINHA – PR
Autor(es): Elisa Cristina Dobrowolski, Suelen Aparecida Suphoronski, Jyan Lucas Benevenute, Anna Claudia Baumel Mongruel, Adriano de Oliveira Torres Carrasco, Meire Christina Seki

PRESENÇA DE STRONGYLOIDES SP. EM PUMA CONCOLOR ENCONTRADO NO MUNICÍPIO DA PALMEIRINHA – PR
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
» Agência de fomento e patrocinadores:
Os Strongyloides são nematódeos de ciclo vida livre e parasitária de importância em medicina veterinária, cujas larvas infectantes de terceiro estágio estão presentes no ambiente. Somente as fêmeas do parasita desenvolvem a infecção no hospedeiro, sendo essas partenogênicas. O parasita se alimenta de tecido epitelial do intestino delgado e de líquido intersticial. Os sinais clínicos mais encontrados são diarreia, vômito, anemia, pelo sem brilho e áspero. O objetivo deste trabalho foi a identificação de Strongyloides sp. em dois filhotes de suçuaranas (Puma concolor) de aproximadamente 2 meses de idade, que foram encaminhadas ao Serviço de Atendimento de Animais Selvagens (SAAS) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (PR). Os animais foram encontrados no município da Palmeirinha – PR, e encaminhados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Os animais apresentaram algia abdominal e diarréia com presença de parasitas. Amostras de fezes foram encaminhadas para exame coproparasitológico (técnica de Willis), sendo observado ovos de Toxocara sp. e ovos larvados que após a coprocultura com vermiculita, a larva L3 foi classificada devido ao esôfago longo como de Strongyloides sp. Os animais foram medicados com pamoato de pirantel, pamoato de oxantel e praziquantel, por via oral, com repetição após 21 dias. Após três meses, os animais foram novamente vermifugados, e transferidos para criadouro conservacionista. Parasitas intestinais são comuns em felinos de vida livre e de cativeiro por se alimentarem de carne, podendo ingerir hospedeiros paratênicos ou intermediários. A ingestão de água e a permanência em recintos contaminados podem infectar o animal. Exames coproparasitológicos periódicos, implantação de um programa de vermifugação, higiene nos alimentos e recintos, água de boa qualidade, além de isolamento e tratamento dos animais infectados são formas de profilaxia. Assim, demonstra a importância dos exames coproparasitólogicos na veterinária para a correta medicação anti-helmíntica e para o descarte de outras doenças com os mesmos sinais clínicos.