A caprinocultura é uma atividade muito difundida no Nordeste do Brasil, apresentando grande importância social e econômica. Essa atividade é prejudicada pelas parasitoses que acometem esses animais, dentre as quais destacam-se as helmintoses intestinais. Considerando-se esses aspectos, o objetivo do estudo foi traçar o perfil helmintológico das matrizes caprinas da raça Canindé, Criadas no município de Pedro Avelino, Rio Grande do Norte. O Estudo foi realizado na Estação Experimental de Terras Secas, da Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPARN). Foram coletadas amostras fecais (mensal) e de sangue (bimensal)de fêmeas caprinas, no período de agosto de 2010 a julho de 2011, para monitoramento da carga parasitária e do volume globular. Foram realizadas as contagens de ovos por grama de fezes (OPG) e as coproculturas para identificação das larvas infectantes. O volume globular foi determinado pela técnica do microhematócrito. Foram analisadas 420 amostras de fezes, das quais 258 estavam positivas para ovos de helmintos, representando 61% de positividade. O OPG apresentou média de eliminação de 470,4. O gênero de helminto mais predominante foi Strongyloides com 58,0 %, seguido por Haemonchus com 20,0%, Trichostrongylus e Oesophagostomum com 13,0 % e 9,0 %, respectivamente. Considerando os meses de estudo, houve prevalência do gênero Strongyloides com pico nos meses de janeiro e fevereiro. O volume globular apresentou média de 27,90, sem muitas alterações durante os meses de estudo. A infecção helmíntica foi verificada em todo o período do monitoramento indicando a importância de ações para o diagnóstico parasitológico e tratamento adequado, bem como para a prevenção das infecções.
Palavras-chave: Volume globular. Strongyloides. Haemonchus. OPG. Caprinos Canindé.
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