ANAIS 2014
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTILEISHMANIA DA PIPLARTINA E SEUS ANÁLOGOS POR ENSAIO DE REDUÇÃO DO MTT
Autor(es): Keline Medeiros de Araújo, Samara Freire Valente, Stefan Vilges de Oliveira, Lydia Yamaguchi, Massuo Jorge Kato, José Roberto Souza Almeida Leite, Gustavo Adolfo Sierra Romero, Selma Aparecida Souza Kuckelhaus

AVALIAçãO DO POTENCIAL ANTILEISHMANIA DA PIPLARTINA E SEUS ANáLOGOS POR ENSAIO DE REDUçãO DO MTT
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade de Brasília
» Agência de fomento e patrocinadores: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
As leishmanioses são doenças severas que afetam milhares de pessoas no mundo, causadas por protozoários do gênero Leishmania. Essas doenças são tratadas pela administração venosa de compostos antimoniais pentavalentes que causam graves efeitos colaterais, grande toxicidade e induzem a formação de mecanismos de resistência. Diante disso, faz-se necessário a busca por novos compostos que possam combater parasitos cada vez mais resistentes e que minimizem a toxicidade e os efeitos adversos causados pelas drogas convencionais. Estudos realizados com a piplartina, uma amida alcaloide extraído da Piper tuberculatum, mostraram seu potencial antiparasitário. O objetivo desse estudo é avaliar o efeito da piplartina e de quatro análogos (A41, A10, A12 e DCC2) em formas promastigotas de Leishmania amazonensis, in vitro, visando a futuras aplicações no tratamento da leishmaniose. Cultivos promastigotas de leishmânias (106/200 µL) foram tratados com diferentes concentrações da piplartina, A41, A10, A12 e DCC2 (0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256 µg/mL) e incubados a 26ºC por 2 h, em seguida adicionou-se 10 µL de solução de MTT (5 mg/mL) aos cultivos e, decorridas 4 h de incubação foram adicionados 50 µL de SDS a 10% para a leitura em espectrofotômetro a 570 nm. As diferentes concentrações de piplartina, e dos análogos A41, A10, A12 e DCC2, diminuíram o percentual de redução do MTT, sendo que a maior concentração (256 µg/mL) reduziu em 76,9% para a piplartina, 52,2% para a A41, 67,23% para A10, 48,1% para A12 e 40,7% para DCC2 (Anova seguido pelo teste Student-Newmann-Keuls; p<0,05). Os resultados indicaram que tanto a piplartina como seus análogos apresentaram efeito de inibidor nas formas promastigotas de L. amazonensis e impulsionam novos estudos para identificar seu efeito em cultivos amastigotas e sobre os macrófagos que são as células alvo desses protozoários para estabelecer a infecção.