ANAIS 2014
PERFIL BIOQUÍMICO PROTÉICO DE CARRAPATOS RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS EM RESPOSTA À EXPOSIÇÃO AO FLUAZURON
Autor(es): FABRÍCIO NASCIMENTO GAUDÊNCIO, VINICIUS MENEZES TUNHOLI ALVES, MICHEL RUAN DOS SANTOS NOGUEIRA, CAIO JÚNIOR BALDUÍNO COUTINHO RODRIGUES, VANIA RITA ELIAS PINHEIRO BITTENCOURT, FABIO BARBOUR SCOTT, ADIVALDO HENRIQUE DA FONSECA, ISABELE DA COSTA ANGELO, JAIRO PINHEIRO DA SILVA

PERFIL BIOQUíMICO PROTéICO DE CARRAPATOS RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS EM RESPOSTA à EXPOSIçãO AO FLUAZURON
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ); Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
INTRODUÇÃO: Os reguladores de crescimento de artrópodes, muito usados no controle do carrapato bovino Rhipicephalus microplus, são conhecidos por serem mais específicos aos parasitos e menos agressivos aos humanos e meio ambiente. Contudo, a caracterização completa do mecanismo de ação e efeitos adicionais no metabolismo energético em carrapatos ainda não foram totalmente esclarecidos.
OBJETIVO: Caracterizar o modo de ação do princípio ativo Fluazuron em alvos ainda não cogitados. No presente trabalho, foi abordado o metabolismo proteico em R. microplus.
METODOLOGIA: Dois bezerros foram estabulados e infestados com 1g de ovos de R. microplus. Um animal foi usado como controle e o outro tratado com Fluazuron (Acatak®). À medida que as fêmeas ingurgitadas completaram o período de alimentação e deixavam o hospedeiro (4, 8, 11 e 15 dias pós-tratamento), realizou-se a assepsia da cutícula e coleta de hemolinfa para as seguintes análises bioquímicas: atividades enzimáticas de ALT e AST, concentrações de uréia e proteínas totais.
RESULTADOS: A média da atividade enzimática da ALT foi significativamente maior nos carrapatos expostos ao fluazuron dos 4º e 15º dia pós-tratamento (129,0U/L±1,0 e 123,0U/L±3,0 respectivamente) quando comparada ao grupo controle (85,22U/L±5,46). A atividade da AST foi significativamente maior no grupo exposto do 8º dia (135,3U/L±11,79) e 15º dia (130,7U/L±5,45), quando comparadas ao controle (87,88U/L±3,95). Contudo, não houve diferença significativa entre os grupos controle e exposto para as concentrações de ureia e proteínas totais em nenhuma das datas.
CONCLUSÕES: ALT e AST são transaminases envolvidas no metabolismo proteico e também lesão celular, principalmente em células com alta atividade gliconeogênica como as células do corpo gorduroso de carrapatos. O princípio ativo fluazuron leva à lesão celular em alguns dias de exposição, mas não desregula o metabolismo proteico. Estudos nessas áreas são importantes para um melhor entendimento dos mecanismos de ação adicionais dos reguladores de crescimento em carrapatos.