INFECÇÃO DE EQUINOS POR BABESIA CABALLI NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
Autor(es): Lareska Caldeira Morzelle, Rodolfo Castilho Cardoso, Magali Goldbeck, Annaiza Braga Bignardi Santana, Marcus Sandes Pires, Maristela Peckle Peixoto, Huarrisson Azevedo Santos, Carlos Luiz Massard, Tiago Marques dos Santos |
Piroplasmose equina, causada por Babesia caballi, é uma doença mais branda que theileriose, no entanto, pode causar inapetência, queda de desempenho e emagrecimento em equinos. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar equinos infectados por B. caballi em propriedades rurais do município de Rondonópolis, Estado de Mato Grosso, utilizando o exame microscópio de esfregaço sanguíneo e a nested PCR (nPCR). Um total de 48 equinos criados em seis propriedades rurais do município de Rondonópolis-MT foram submetidos à coleta de amostras de sangue através da punção da veia jugular, utilizando o sistema à vácuo, em tubos de 5mL contendo ácido etilenodiaminotetracético. Esfregaços de sangue de cada amostra foram realizados, fixados em metanol, corados com Giemsa e examinados em microscopia óptica para pesquisa de formas evolutivas intra-eritocíticas de B. caballi. O volume globular (VG) também foi determinado, através do microhematócrito. O DNA total das amostras de sangue foi extraído e submetido à nPCR para a amplificação de um fragmento de 530pb na primeira reação e 430pb na segunda, ambos do gene BC48, específico para B. caballi. Dos 48 equinos examinadas apenas 2,1% (n=1) apresentou infecção por B. caballi após exame de esfregaço sanguíneo. No entanto, em 16,67% (n=8) das amostras de sangue de equinos examinadas através da nPCR detectou-se o DNA de B. caballi. Não houve diferença entre o VG dos animais positivos e negativos para B. caballi, com valores médios de 30,13 e 31,58%, respectivamente. Os resultados são preliminares, mas conclui-se que equinos criados no município de Rondonópolis-MT se infectam por B. caballi. A nPCR mostrou ser mais eficaz que o exame de esfregaço sanguíneo para diagnóstico de piroplasmose em equinos. Além disso, é importante ressaltar que este é o primeiro relato de infecção por B. caballi em equinos no Estado de Mato Grasso. |