ANAIS 2014
INFECÇÃO DE EQUINOS POR BABESIA CABALLI NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
Autor(es): Lareska Caldeira Morzelle, Rodolfo Castilho Cardoso, Magali Goldbeck, Annaiza Braga Bignardi Santana, Marcus Sandes Pires, Maristela Peckle Peixoto, Huarrisson Azevedo Santos, Carlos Luiz Massard, Tiago Marques dos Santos

INFECçãO DE EQUINOS POR BABESIA CABALLI NO MUNICíPIO DE RONDONóPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT). Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Piroplasmose equina, causada por Babesia caballi, é uma doença mais branda que theileriose, no entanto, pode causar inapetência, queda de desempenho e emagrecimento em equinos. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar equinos infectados por B. caballi em propriedades rurais do município de Rondonópolis, Estado de Mato Grosso, utilizando o exame microscópio de esfregaço sanguíneo e a nested PCR (nPCR). Um total de 48 equinos criados em seis propriedades rurais do município de Rondonópolis-MT foram submetidos à coleta de amostras de sangue através da punção da veia jugular, utilizando o sistema à vácuo, em tubos de 5mL contendo ácido etilenodiaminotetracético. Esfregaços de sangue de cada amostra foram realizados, fixados em metanol, corados com Giemsa e examinados em microscopia óptica para pesquisa de formas evolutivas intra-eritocíticas de B. caballi. O volume globular (VG) também foi determinado, através do microhematócrito. O DNA total das amostras de sangue foi extraído e submetido à nPCR para a amplificação de um fragmento de 530pb na primeira reação e 430pb na segunda, ambos do gene BC48, específico para B. caballi. Dos 48 equinos examinadas apenas 2,1% (n=1) apresentou infecção por B. caballi após exame de esfregaço sanguíneo. No entanto, em 16,67% (n=8) das amostras de sangue de equinos examinadas através da nPCR detectou-se o DNA de B. caballi. Não houve diferença entre o VG dos animais positivos e negativos para B. caballi, com valores médios de 30,13 e 31,58%, respectivamente. Os resultados são preliminares, mas conclui-se que equinos criados no município de Rondonópolis-MT se infectam por B. caballi. A nPCR mostrou ser mais eficaz que o exame de esfregaço sanguíneo para diagnóstico de piroplasmose em equinos. Além disso, é importante ressaltar que este é o primeiro relato de infecção por B. caballi em equinos no Estado de Mato Grasso.