ANAIS 2014
THEILERIOSE EQUINA NO MUNÍCIPIO DE RONDONÓPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
Autor(es): Rodolfo Castilho Cardoso, Lareska Caldeira Morzelle, Magali Goldbeck, Annaiza Braga Bignardi Santana, Maristela Peckle Peixoto, Marcus Sandes Pires, Huarrisson Azevedo Santos, Cristiane Divan Baldani, Carlos Luiz Massard, Tiago Marques dos Santos

THEILERIOSE EQUINA NO MUNíCIPIO DE RONDONóPOLIS, ESTADO DE MATO GROSSO
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT). Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Theileriose equina é responsável por enormes perdas econômicas para equinocultura em várias regiões do Brasil. No entanto, o Estado de Mato Grosso é carente de informações sobre essa doença. Este estudo teve como objetivo diagnosticar, através do exame microscópico de esfregaço sanguíneo e reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR), equinos infectados por T. equi no município de Rondonópolis-MT. Seis propriedades foram escolhidas por conveniência não probabilística, nas quais 48 equinos foram selecionados para coleta de amostras de sangue por venopunção jugular em tubos de 5mL contendo ácido etilenodiaminotetracético. Esfregaços sanguíneos foram confeccionados, fixados em metanol, corados com Giemsa e examinados utilizando microscopia ótica para pesquisa de T. equi em eritrócitos. O DNA total extraído das amostras de sangue foi submetido ao sistema TaqMan qPCR para amplificação de um fragmento de 81pb do gene 18S rRNA, específico de T. equi. Amostras com ciclo de quantificação (Cq) ≤40 ciclos foram consideradas positivas. Dos 48 equinos examinados, 18,75% (n=9) apresentaram formas intra-eritrocíticas de T. equi. Em dois equinos infectados observou-se a forma de “cruz de malta”, característica de T. equi, enquanto nos demais se observou merozoítos. Apenas um equino infectado por T. equi apresentou a doença na forma clínica. Os sinais mais evidentes foram febre (39ºC), icterícia, anemia leve (volume globular de 31%) e diarreia. O DNA de T. equi foi detectado em 79,17% (n=38) dos equinos examinados. O Cq médio das amostras positivas foi de 34,72 ciclos, variando de 30,81 a 39,06 ciclos. Conclui-se que T. equi infecta equinos criados no munícipio de Rondonópolis-MT, promovendo a manifestação de sinais clínicos característicos de theileriose aguda, no entanto, a maioria dos equinos infectados apresenta a doença na forma crônica. O número de animais examinados será ampliado para melhor caracterizar a epidemiologia dessa doença na população de equídeos daquela região.