ANAIS 2014
SOROPREVALÊNCIA DE THEILERIA EQUI EM CAVALOS MANGALARGA MARCHADOR NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS
Autor(es): ANTÔNIO MARCOS GUIMARÃES, JUNQUEIRA MACIEL RIBEIRO, MARINA HELENA FIGUEIREDO ROSA, CHRISTIANE MARIA BARCELLOS MAGALHÃES DA ROCHA, ADRIANA MELLO GARCIA, FÁBIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN, DÉBORA OLIVEIRA DAHER, IMARA GUIMARÃES LIMA, DANIEL ARRAES BIHRER

SOROPREVALÊNCIA DE THEILERIA EQUI EM CAVALOS MANGALARGA MARCHADOR NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Lavras (UFLA)
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG
Este estudo observacional seccional teve como objetivo determinar a prevalência de Theileria equi, agente da teileriose equina, em cavalos Mangalarga Marchador no Sul de Minas Gerais, e associar o status sorológico com algumas variáveis epidemiológicas. Amostras de soros de 326 equinos da raça Mangalarga Marchador, de ambos os sexos e diferentes idades, provenientes de 34 criatórios, distribuídos entre 23 municípios, foram coletadas de abril de 2012 a outubro de 2013. Os criadores responderam a um questionário sobre a sanidade, manejo, e controle de carrapatos, entre outras questões relacionadas às diferentes propriedades. Para a pesquisa de anticorpos IgG anti-T. equi, os soros foram submetidos à reação de imunofluorescência indireta [RIFI 1:80; sensibilidade (SEN)= 89,2% e especificidade (ESP)= 99%]. No cálculo da prevalência verdadeira entre criatórios, esses valores foram ajustados para SEN e ESP entre rebanhos, considerando que pelo menos um animal soropositivo no plantel determinava a positividade da propriedade. Os dados deste estudo foram tabulados no programa Epidata e analisados no software SPSS Statistics 20. A prevalência geral de equinos soropositivos foi 55,7% (IC95% 49,5% ─ 62%), e em 100% (IC95% 89% ─ 100%) dos criatórios observou-se a presença de um ou mais animais sororeagentes. Nenhuma associação significativa (p>0,05) foi encontrada entre soropositividade e idade ou sexo dos equinos; resultado similar (p>0,05) ao observado para as demais variáveis analisadas neste estudo. Trinta e três criadores (97,0%) relataram a presença de carrapatos nos equinos, e em apenas dois criatórios (5,9%), observou-se uma infestação intensa de ixodídeos nos animais. Os bovinos estão presentes em 31 propriedades (91,2%), e em 26 criatórios (76,5%), estes animais mantêm contato com os equinos. Os resultados parciais deste estudo indicam que, o Sul de Minas Gerais deve ser considerado área enzoótica para teileriose equina, devido à alta soropositividade para T. equi em criatórios de cavalos Mangalarga Marchador desta região. Financiado pela FAPEMIG.