A recuperação de larvas infectantes de helmintos pode estimar o grau de contaminação em pastagens. Isto pode variar conforme a época do ano e a lotação dos potreiros, inviabilizando o acesso ao pasto. O objetivo deste experimento foi quantificar larvas infectantes de nematódeos gastrintestinais em diferentes estações do ano em potreiros da Faculdade de Veterinária (FAVET/UFRGS), que são utilizados por animais para estudos durante as aulas. Para isto foram realizadas coletas de pasto em cinco potreiros (P1-P5) da unidade acadêmica na primavera de 2013 e verão e outono de 2014. Em cada potreiro foram coletadas amostras em 5 pontos (4 laterais e um central). Em P1 na primavera pastejavam bovinos e nas demais estações não havia animais no local. Em P2 e P3 pastejavam equinos e bovinos e em P4 e P5 somente equinos. Para recuperação das larvas foi executado o método de Baermann modificado. Na primavera identificou-se 369 larvas de Trichostrongylus (50,4% em P1, 46,6% em P2, 1,6% em P3 e 1,4% em P4), 11 de Cylicocyclus (45,5% em P2 e 54,5% em P3) e 2 de S. edentatus, 1 de Ostertagia e 2 de S. vulgaris somente em P2. Em P5 o resultado foi negativo. No verão observou-se 4 larvas de Trichostrongylus (25% em P2 e 75% em P3), 2 de Cylicocyclus (50% em P2 e 50% em P3) e 1 de Gyalocephalus em P2. Em P1, P4 e P5 os resultados foram negativos. No outono constatou-se 16 larvas de Trichostrongylus (12,5% em P2, 37,5% em P3 e 50% em P5), 12 de Cylicocyclus (53,3% em P3 e 16,7% em P5), 2 de Gyalocephalus e 2 de Strongylus edentatus em P3 e 1 de Haemonchus em P5 e nenhuma larva no P1 e P2 Em todas as estações o gênero Trichostrongylus foi o mais prevalente.
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