ENTEROPARASITOS RECUPERADOS DE ANIMAIS SILVESTRES ATROPELADOS EM RODOVIAS DO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Autor(es): Amanda do Nascimento Oliveira, Thales Augusto Barçante, Ana Paula Peconick, Gregório Corrêa Guimarães, Joziana Muniz de Paiva Barçante
ENTEROPARASITOS RECUPERADOS DE ANIMAIS SILVESTRES ATROPELADOS EM RODOVIAS DO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Lavras
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG e CNPq
A fragmentação de ambientes silvestres associada à construção de rodovias e acúmulo de lixo em estrada têm sido responsáveis por um aumento significativo na taxa de atropelamento de animais silvestres, gerando uma perda da biodiversidade brasileira e agravando o risco de extinção. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento parasitológico em animais mortos por atropelamento, recuperados em rodovias do Sul do Estado de Minas Gerais, mediante autorização do ICMBio 31887-1 código de autenticação 94134329 e por equipes de manutenção das rodovias. No presente trabalho foram recolhidos dois animais: Didelphis aurita (Gambá-de-orelha-preta); Didelphis albiventris (Gambá-de-orelha-branca) e fragmentos da carcaça de Didelphis sp. Os cadáveres foram recolhidos e encaminhados para o Laboratório de Biologia Parasitaria (Biopar) da UFLA, onde foram dissecados. Os parasitos recuperados foram lavados em solução fisiológica para limpeza, fixados em solução de formalina tamponada 10% e clarificados em lactofenol. Foram confeccionadas lâminas permanentes utilizando bálsamo do Canadá para montagem. As lâminas foram utilizadas para catalogação em coleção. A identificação foi realizada com base em características morfológicas e chaves taxonômicas. No gambá-de-orelha-preta foram encontrados nematoides delgados na cavidade abdominal, identificados como sendo da espécie Dipetalonema pricei. Aspidodera railliet foi encontrado no intestino grosso. Na espécie Didelphis albiventris foram encontrados Physaloptera maxillaris no estômago. Já na espécie não identificada, foram encontrados Prestwoodia sp. na cavidade nasal e Heterostrongylus heterostrongylus nos brônquios. Embora os estudos nesta área ainda sejam incipientes, a avaliação de carcaças pode trazer inúmeros benefícios para o conhecimento da biodiversidade parasitaria contribuindo para elucidação de determinantes do processo saúde-doença e também no subsídio de programas de vigilância epidemiológica e ambiental. Além disso, a presença de parasitos nesses animais pode causar debilidade, aumentando o risco destes serem predados, problemas relacionados à reprodução e diferença comportamental. Apoio FAPEMIG/CNPq
