ANAIS 2014
RHABDIAS PARAENSIS (NEMATODA: RHABDIASIDAE) PARASITA DE RHINELLA MARINA (AMPHIBIA: BUFONIDAE): MORFOLOGIA E CICLO DE VIDA
Autor(es): Francisco Tiago de Vasconcelos Melo, Yuriy Kuzmin, Jeannie Nascimento dos Santos

RHABDIAS PARAENSIS (NEMATODA: RHABDIASIDAE) PARASITA DE RHINELLA MARINA (AMPHIBIA: BUFONIDAE): MORFOLOGIA E CICLO DE VIDA
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Laboratório de Biologia Celular e Helmintologia ‘‘Profa. Dra. Reinalda Marisa Lanfredi’’, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém , Brasil
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES–PARASITOLOGIA BÁSICA/2010, SISBiota 2010 Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade, PVE CAPES/CNPq A_033/2013
Nematódeos da família Rhabdiasidae Railliet, 1915 são encontradas parasitando anfíbios e répteis mundialmente. Uma das principais características destes helmintos inclui a alternância de gerações em seu ciclo de vida: a fase adulta, representada por fêmeas hermafroditas no hospedeiro definitivo e as fases de vida livre encontradas nas fezes no ambiente; no entanto, para a maioria estas espécies, apenas os estágios parasitários são conhecidos. O presente trabalho descreve a morfologia das fases de vida livre da espécie Rhabdias paraensis parasita de Rhinella marina da região amazônica. No período Fevereiro de 2014 05 espécimes de Rhinella marina foram coletadas para a busca de Rhabdias paraensis. Os nematóides encontrados nos pulmões foram coletados e as fezes do hospedeiro cultivadas a temperatura ambiente. Os nematóides coletados foram fixados em Alcool 70% à 60ºC, clarificados em Lactofenol e analisados em Microscópio Olympus BX41 acoplado com câmara clara para obtenção de dados morfológicos e morfométricos. Com 24 hrs do cultivo das fezes, espécimes machos diferenciam-se na cultura, caracterizados por apresentarem testículos bem desenvolvidos, ducto ejaculatório, dois espículos, gubernáculo pouco desenvolvido e cauda apresentando seis pares de papilas caudais> Durante o mesmo período observou-se espécimes as fêmeas com ovários e útero bem desenvolvidos, vulva equatorial localizada ventralmente. Após 40hrs de cultivo os machos reduzem em número e as fêmeas apresentam o útero com 2-3 ovos. A partir de 48hrs, as larvas eclodem no interior das fêmeas e com 72hrs observou-se a destruição das estruturas internas das fêmeas de vida livre e o total desenvolvimento das larvas infectantes (iL3). Após 96 hrs, observou-se apenas larvas infectantes na cultura. Os estudos envolvendo formas de vida livre de nematódeos da família Rhabdiasidae são de extrema importância para a identificação de novos caracteres morfológicos que auxiliarão na sistemática e no entendimento da filogenia do grupo.