ANAIS 2014
DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE BABESIA BIGEMINA E ANAPLASMA MARGINALE EM POPULAÇÕES DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS DO BRASIL
Autor(es): Isabella Maiumi Zaidan Blecha, Bárbara Guimarães Csordas, Marcos Valério Garcia, Jaqueline Matias, André de Abreu Rangel Aguirre, Leandro de Oliveira Souza Higa, Rodrigo Casquero Cunha, Leandra Marla Oshiro, Jacqueline Cavalcante Barros, Renato Andreotti

DIAGNóSTICO MOLECULAR DE BABESIA BIGEMINA E ANAPLASMA MARGINALE EM POPULAçõES DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS DO BRASIL
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, Embrapa Gado de Corte e UFMS
Biologicamente, a transmissão de babesiose e a anaplasmose bovina ocorre pelo carrapato do boi Riphicephalus microplus, que possui caráter endêmico no Brasil. A associação dessas enfermidades, conhecida por Tristeza Parasitária Bovina, acarreta elevadas perdas econômicas na pecuária pela alta mortalidade de rebanhos sensíveis. Aqui avaliamos a presença do protozoário Babesia bigemina e rickettsia Anaplasma marginale em populações de carrapatos do boi de diferentes estados brasileiros. Os exemplares são provenientes de Rondônia, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e todos os Estados da região Sul e Sudeste. As teleóginas foram incubadas em estufa a 28º C e umidade relativa de 80%. Quando houve a postura, os ovos ficaram incubados nas mesmas condições. Decorridos 18 dias após a eclosão das larvas, alíquotas das mesmas foram congeladas a -80º C até o momento da extração de DNA. Os DNAs extraídos foram quantificados, diluídos para conter 100 ng/ul e armazenados a -20º C. Para detectar a presença dos agentes infecciosos nos vetores por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) foram utilizados primers específicos para B. bigemina e A. marginale amplificando fragmentos de 262 pares de base (pb) e 458 pb, respectivamente. Esses produtos foram separados em gel de agarose 1,5% contendo brometo de etídio, visualizados com luz ultravioleta e fotografados. Das 18 amostras estudadas, apenas os carrapatos de Mato Grosso e Maranhão foram positivos para babesiose e seis para anaplasmose (Ceará, Mato Grosso, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rondônia). A utilização de PCR para diagnóstico dessas enfermidades apresenta vantagens como a alta sensibilidade e especificidade. Apesar da baixa frequência observada, os resultados reforçam a importância da investigação epidemiológica em animais de produção, já que essas infecções causam impacto negativo na pecuária nacional.