ANAIS 2014
DIAGNÓSTICO ENDOPARASITÁRIO EM AVES CRIADAS EM SISTEMAS EXTENSIVO, SEMI-INTENSIVO E INTENSIVO - VOTUPORANGA, SP
Autor(es): GIANE SERAFIM DA SILVA, DAIANE MOMPEAN ROMERA, ADRIANA PIACENTE IVO PÂNTANO, VANDO EDÉSIO SOARES, RICARDO ALEXANDRE GOMES, MARCELO VASCONCELOS MEIRELES

DIAGNÓSTICO ENDOPARASITÁRIO EM AVES CRIADAS EM SISTEMAS EXTENSIVO, SEMI-INTENSIVO E INTENSIVO - VOTUPORANGA, SP
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: INSTITUTO BIOLÓGICO/APTA/SAA-SP
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP
O diagnóstico e a avaliação de infecções parasitárias são recomendados para o estabelecimento de normas de biosseguridade no setor avícola. No presente estudo realizou-se o diagnóstico da infecção helmíntica em aves (Gallus domesticus) criadas em diferentes sistemas em propriedades localizadas no mesmo município geográfico. Para tanto, três propriedades, localizadas no município de Votuporanga, São Paulo foram selecionadas: Propriedade I (sistema extensivo) – produção familiar de ovos e aves para consumo próprio; ambiente aberto (acesso à pastagem de bovinos e à produção suína); diferentes idades, suplementação de milho e restos de alimentos; bebedouros improvisados, água oriunda de poço; acesso à ambiente aquático (represa); sem uso de medicamentos; histórico de “pelotas”. Propriedade II (sistema semi-intensivo): produção comercial, sob encomenda; abate no local; ambiente com galpão e pastagem gramínea; fornecimento de ração (milho e concentrado comercial); comedouros pendulares localizados no galpão; água, cuja fonte é poço, fornecida em bebedouros improvisados; histórico de mortalidade; criação semi-intensiva de poedeiras localizada a menos de 200m. Propriedade III (sistema intensivo): empresa de produção comercial/industrial. Para a avaliação helmintológica, dez aves adultas de cada propriedade foram obtidas, transportadas até o laboratório de parasitologia veterinária/APTA e submetidas à necropsia parasitológica (método Mello e Campos). Aves criadas em sistema extensivo (propriedade I) apresentaram infestação por ectoparasitos (piolho 20%) e infecção por nematódeos (100%), cestódeos (100%) e trematódeo (apenas uma ave). Semelhantemente, a propriedade II (sistema semi-intensivo) também apresentou infestação por ectoparasitos (piolho 20%) e endoparasitos - nematódeos (100%) e cestódeos (70%). Por outro lado, o sistema intensivo (propriedade III) não apresentou infestação/infecção parasitária. Concluiu-se que os sistemas extensivos e semi-intensivos apresentam, igualmente, possibilidade de parasitismo por ecto e endoparasitos (helmintos), devendo tais sistemas ser monitorados e considerados nos programas de biosseguridade regional, dada a importância do setor avícola no agronegócio nacional, assim como o crescimento de criações em sistemas alternativos.