ANAIS 2014
RESPOSTA TECIDUAL NO ABOMASO E INTESTINO DELGADO DE CAPRINOS RESISTENTES E SUSCEPTÍVEIS À ENDOPARASITOSES GASTRINTESTINAIS
Autor(es): Maria Rosalba Moreira das Neves, Lilian Giotto Zaros , Luiz da Silva Vieira , Jomar Patrício Monteiro, Rai LIma Silva, Naisandra Bezerra da Silva, Raimundo Nonato Braga Lôbo

RESPOSTA TECIDUAL NO ABOMASO E INTESTINO DELGADO DE CAPRINOS RESISTENTES E SUSCEPTíVEIS à ENDOPARASITOSES GASTRINTESTINAIS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal do Ceará e Embrapa Caprinos e Ovinos
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES/PROPAG, Embrapa Caprinos e Ovinos, Universidade Federal do Ceará-UFC e CNPq/ INSA 35/2010; Propesq UFRN
O sistema imune é responsável por proteger o hospedeiro contra invasão de patógenos. A presença e o tipo de infiltrado celular no local da infecção podem ser indicadores dos mecanismos envolvidos na defesa. Em virtude disso, o objetivo do presente estudo foi quantificar os eosinófilos nos tecidos do abomaso e intestino delgado de animais caracterizados como resistentes e susceptíveis às parasitoses gastrintestinais. Semanalmente durante três meses foram coletadas fezes de 70 caprinos mestiços para a realização da contagem de ovos por grama de fezes - OPG. Os 12 animais que apresentaram maiores e menores médias de OPG foram caracterizados como susceptíveis e resistentes. Em seguida os animais foram necropsiados para a coleta de tecidos do abomaso e intestino delgado. Estes tecidos foram fixados em formalina neutra tamponada e as amostras processadas de acordo com as técnicas de rotina histológica e emblocadas em parafina. Posteriormente os eosinófilos foram contados em 30 campos aleatórios utilizando uma ocular de 10x em microscópio óptico. A contagem de eosinófilos diferiu (P<0,05) entre os grupos, resistente (30,25 ± 11,09) e susceptível (17,81 ± 8,23). No intestino delgado não houve diferença significativa (P>0,05) entre os grupos, resistente (32,50 ± 10,03) e susceptível (26,41 ± 16,76). No abomaso durante infecções primárias por Haemonchus contortus os eosinófilos atuam na defesa imunológica interferindo nas funções fisiológicas deste parasito no qual incluem redução da fertilidade, crescimento limitado e danos tanto morfológicos como estruturais que podem resultar na morte e eliminação do parasita. Já em infecções por Trichostrongylus colubriformis a ação dos eosinófilos ocorre tardiamente, provavelmente sejam estes os motivos da diferença na contagem de eosinófilos nos dois órgãos estudados. Conclui-se que a resposta imune contra os parasitos gastrintestinais é bastante complexa e a contribuição de cada um dos componentes na resposta imunológica pode variar sem necessariamente interferir na eficácia da resposta.