ANAIS 2014
PREVALÊNCIA DE PARASITOS APÓS COMPOSTAGEM AUTOMATIZADA
Autor(es): Mariangela Facco de Sá, Thirssa Helena Grando, Camila de Oliveira Belmonte, Luzia Cristina Sampaio, Gessica Caroline Gomes Nool, Silvia Gonzalez Monteiro, Alexandre Doneda, Stefen Pujol, Celso Aita

PREVALÊNCIA DE PARASITOS APÓS COMPOSTAGEM AUTOMATIZADA
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Maria
» Agência de fomento e patrocinadores: Projeto Universal
Os dejetos líquidos de suínos (DLS), produzido em criações de pequenas e grandes propriedades, apresentam parasitos que contaminam o solo e mananciais d’água. O tratamento eficiente destes dejetos evita o acúmulo de matéria orgânica, facilitando seu uso agrícola. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do tratamento dos DLS via compostagem automatizada em relação à presença de parasitos no composto maturado. O trabalho foi realizado em escala piloto, no período de dezembro de 2011 a maio de 2012, no interior da casa de vegetação do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria, RS. Foram montadas duas estruturas em madeira, com dimensões de 4,0 x 1,0 x 1,0m, fechadas lateralmente com tabuas e revestidas internamente com lona de polietileno. Cada estrutura foi preenchida com a mistura de maravalha de eucalipto (233kg) e serragem de madeiras diversas (233kg), constituindo duas leiras de compostagem. Os DLS utilizados, provenientes de animais de terminação, criados em regime de confinamento total, foram obtidos no Setor de Suinocultura da Universidade Federal de Santa Maria. Essa mistura também foi avaliada, em outra leira de compostagem, quando os dejetos tinham o valor de pH corrigido para 6,0, por adição de ácido fosfórico. Os parasitos foram avaliados pelos métodos de YANKO modificado, FAUST e de BAERMANN-MORAES. A contaminação do composto com parasitos intestinais (ovos de helmintos, protozoários), normalmente ocorre de forma elevada e é um risco que precisa ser avaliado com cuidado em razão do longo tempo de sobrevivência destes no meio externo e sua baixa dose infectante, sendo que um ovo ou oocisto é suficiente para infectar o hospedeiro. Os resultados obtidos demonstraram que mesmo após o composto ter sido considerado maturo ainda foi possível identificar parasitos nos dois tratamentos. Pode-se inferir que o processo de compostagem foi eficiente na eliminação de 99 % dos parasitos.