AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE D. FLAGRANS E M. THAUMASIUM NO BIOCONTROLE DE NEMATOIDESES DE BOVINOS
Autor(es): Manoel Eduardo da Silva, Fábio Ribeiro Braga, Luana Alcântara Borges, Jair Mendes de Oliveira, Walter dos Santos Lima, Marcos Pezzi Guimarães, Jackson Victor de Araújo
AVALIAçãO DA EFICáCIA DE D. FLAGRANS E M. THAUMASIUM NO BIOCONTROLE DE NEMATOIDESES DE BOVINOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq e FAPEMIG
O Brasil possui 212 milhões de bovinos e 171 milhões de hectares de pastagens responsáveis por produzir aproximadamente 96% da carne bovina brasileira. O sistema de produção brasileiro favorece a infecção dos animais por endoparasitos, considerados um dos principais entraves que limitam o desenvolvimento da atividade e responsáveis por consideráveis perdas econômicas. O controle das parasitoses é realizado com a administração de quimioterápicos, mas deixa resíduos nos produtos de origem animal, atinge organismos não alvos e seleciona estirpes parasitárias resistentes. As espécies D. flagrans e M. thaumasium são alternativas promissoras e sustentáveis para o controle das helmintoses gastrointestinais de ruminantes e outros herbívoros. Neste trabalho avaliamos a eficácia de isolados destas espécies na redução ambiental de larvas infectantes de nematoides gastrintestinais de fêmeas bovinas azebuadas pré-púberes. Os organismos fúngicos foram formulados em matriz de alginato de sódio e administrados às fêmeas bovinas por via oral 2 vezes por semana. Os animais tratados apresentaram menor número de ovos e de larvas infectantes por grama de fezes (p<0.05). As pastagens ocupadas pelos animais tratados apresentaram redução estatisticamente significativa (p<0.05) do número de L3 e os gêneros Cooperia sp., Haemonchus sp. e Oesophagostomum sp. foram os mais prevalentes. O peso médio dos animais não diferiu estatisticamente (p>0.05) entre os grupos tratados e controles. O uso de péletes de alginato sódio como veículo de micélio fúngico de D. flagrans (isolado AC001) e M. thaumasium (isolado NF34A) se mostrou eficiente no controle de tricostrongilídeos em fêmeas bovinas pré-púberes recriadas em região semi-árida, com redução efetiva do número de larvas infectantes nas pastagens.