ANAIS 2014
ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS DE BIOMPHALARIA GLABRATA (MOLLUSCA: GASTROPODA) EXPERIMENTALMENTE INFECTADA POR HETEROSTRONGYLUS HETEROSTRONGYLUS (NEMATODA: ANGIOSTRONGYLIDAE)
Autor(es): Tatiane Cristina dos Santos Bonfim, Juberlan Silva Garcia, Vinícius Menezes Tunholi-Alves, Sócrates Fraga Da Costa Neto, Ester Maria Mota, Arnaldo Maldonado Junior, Jairo Pinheiro da silva

ALTERAçõES HISTOLóGICAS DE BIOMPHALARIA GLABRATA (MOLLUSCA: GASTROPODA) EXPERIMENTALMENTE INFECTADA POR HETEROSTRONGYLUS HETEROSTRONGYLUS (NEMATODA: ANGIOSTRONGYLIDAE)
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Curso de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias Departamento de Parasitologia Animal, Instituto de Veterinária, UFRuralRJ, Brasil
» Agência de fomento e patrocinadores: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Heterostrongylus heterostrongylus é um nematóide pulmonar que foi descrito por Travassos (1925) parasitando o marsupial Didelphis marsupialis no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. O molusco Biomphalaria glabrata é reconhecido como hospedeiro intermediário natural do Schistosoma mansoni e do Echinostoma paraensei (Trematoda) e experimental do Angiostrongylus cantonensis (Nematoda). Os parasitos durante o desenvolvimento larval intramolusco podem afetar seus hospedeiros agindo sobre a biologia, fisiologia e morfologia. Esse estudo tem como objetivo avaliar o perfil histopatológico de B. glabrata experimentalmente infectada por H. heterostrongylus. Fezes de Didelphis aurita naturalmente infectados foram coletadas no Parque Estadual da Pedra Branca, Rio de Janeiro, RJ e submetidas ao método de Baermann para recuperação das larvas L1, posteriormente, 30 moluscos foram individualmente expostos à 500 L1 durante 48 horas e 30 moluscos foram utilizados como controle negativo, considerando a possibilidade de uma alta taxa de mortalidade dos moluscos infectados durante o período experimental. Foi realizada uma cinética durante 15, 20, 25, 28 e 30 d.p.i., no qual três moluscos de cada período (15 moluscos no total) foram dissecados, fixados em formalina-Millonig e processados por técnicas histológicas de rotina. As lâminas foram obtidas em secções de 5µm, coradas com hematoxilina-eosina e observadas em um microscópio de luz. Foram observados diversos perfis larvais nas regiões da mufla e da parede intestinal com formação de granuloma perilarvar. Foi notada uma intensa infiltração hemocitária na região fibromuscular. As larvas pareceram viáveis, estando encerradas no interior de um vacúolo, não sendo expostas à ação direta dos hemócitos. A organização estrutural dos moluscos infectados não sofreu alterações significativas quando comparada com os aspectos histológicos dos moluscos não infectados (controle). Os resultados aqui apresentados sugerem uma boa adaptação na interface H. heterostrongylus/B. glabrata, com a preservação da estrutura histológica do molusco e da integridade estrutural do parasito (larvas).