ANAIS 2014
DIPROPIONATO DE IMIDOCARB E ANTICORPOS IGY EM RATOS INFECTADOS POR TRYPANOSOMA EVANSI
Autor(es): Luzia Cristina Lencioni Sampaio, Scheila Luz Abib, Daniel Roulim Stainki, Silvia Gonzalez Monteiro

DIPROPIONATO DE IMIDOCARB E ANTICORPOS IGY EM RATOS INFECTADOS POR TRYPANOSOMA EVANSI
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa
Trypanosoma evansi é um protozoário flagelado que acomete bovinos, ovinos, caprinos, asininos, felinos e suínos. A enfermidade tem importância em equinos, sendo conhecida como “mal das cadeiras”, devido aos déficits de locomoção em animais infectados. Várias drogas terapêuticas têm sido recomendadas para a profilaxia e controle do protozoário, porém ao longo dos anos estes medicamentos têm perdido a eficácia e o protozoário parece desenvolver resistência. O uso de dipropionato de imidocarb, droga indicada para a profilaxia e tratamento de babesioses em bovinos e equinos, tem sido objeto de estudo nas infecções por T. evansi. Além disso, o uso de anticorpos aviários IgY tem despertado interesse na comunidade científica. Neste estudo vinte e quatro ratos wistar, 90 dias de idade, foram divididos em 4 grupos: controle positivo (infectados com T. evansi), controle negativo (não infectados e não tratados), grupo imid (infectados e tratados com dipropionato de imidocarb 12%, 3 mg.kg-1 durante 5 dias) e grupo IgY-imid (infectados e tratados com dipropionato de imidocarb 12%, 3 mg.kg-1, por 5 dias e IgY anti-T.evansi, 10 mg.kg-1, por 10 dias). Os animais foram monitorados diariamente através de esfregaços sanguíneos para avaliação da parasitemia. A infecção foi realizada com aproximadamente 104 formas tripomastigotas do parasito via intraperitoneal. Todos os animais do grupo controle positivo vieram a óbito antes do 5º dia pós-infecção. O uso isolado da droga não controlou a infecção e os animais vieram a óbito entre o 12º e 14º dia. A administração de dipropionato de imidocarb associado ao anticorpo específico aumentou a sobrevida dos animais, mas houve recidiva a partir do 9º dia pós infecção e morte de todos os ratos até o 25º dia. Neste protocolo, ao testarmos uma droga com pouca eficácia terapêutica contra o T. evansi, ficou evidenciado o efeito das imunoglobulinas aviárias sobre a longevidade de animais infectados.