Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do tratamento estratégico no controle da anaplasmose em bezerras, do nascimento a 12 meses de idade, na Fazenda Experimental da UFLA, entre abril de 2013 a maio de 2014. Vinte e oito bezerras da raça holandesa foram divididas igualmente em dois grupos: Tratamento estratégico (TE) e Tratamento convencional (TC). Amostras de sangue eram coletadas a cada 14 dias e o TE para o controle da anaplasmose (Enrofloxacina) foi realizado sempre que o VG <24% e infecção patente com A. marginale; além de três tratamentos quimioprofiláticos entre setembro a março, após o desaleitamento das bezerras (90 dias de idade). Análises descritivas e o Teste de t-Student foram realizados no software SPSS Statistics 20. As bezerras foram divididas em cinco categorias segundo o escore clinico (EC): EC 1= infecção subclínica (VG= 100% a 75,85% do VGR); EC 2= Infecção clínica leve (VG= 75,84% a 62,82% do VGR); EC 3= IC moderada (VG= 62,81% a 46,52% do VGR); EC 4= IC grave (VG= 46,51% a 33,49% do VGR); e EC 5= IC muito grave (VG= 33,48% a 20,39% do VGR), onde VG(R)eferência= 34% (mediana do VG de bezerras recém-nascidas sem infecção patente por A. marginale). De 420 observações, 56,8% (121/213) no TE e 49,8% (103/207) no TC tiveram EC1 (infecção assintomática). O TC (5,7%) teve maior taxa de IC grave (EC4) comparado ao TE (3,6%). As medianas de riquetsemias para A. marginale foram 0,040% (TE) e 0,045% (TC). As medianas do VG para o TE e TC foram, respectivamente, 28% e 26%. Os resultados parciais deste estudo indicam que, o tratamento estratégico seletivo de A. marginale reduziu a frequência de anaplasmose clínica (EC ≥2) em bezerras leiteiras.
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