ANAIS 2014
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DE HETEROSTRONGYLUS HETEROSTRONGYLUS PARASITA DE DIDELPHIS AURITA NO RIO DE JANEIRO
Autor(es): Socrates Fraga da Costa Neto, Rosana Gentile, Roberto do Val Vilela, Raquel de Oliveira Simões, Eduardo José Lopes Torres, Arnaldo Maldonado Júnior

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DE HETEROSTRONGYLUS HETEROSTRONGYLUS PARASITA DE DIDELPHIS AURITA NO RIO DE JANEIRO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Fundação Oswaldo Cruz
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq, IOC-FIOCRUZ, FAPERJ
No Brasil, o contínuo processo de urbanização e avanço humano sobre as áreas florestais vem provocando mudanças nos habitats. Os parasitos tem papel fundamental, sendo os helmintos excelentes modelos de estudo para a investigação da interação parasito-hospedeiro em ecossistemas naturais e antropizados. Os gambás destacam-se pela sua grande importância em saúde pública. No presente trabalho foi analisada a morfologia externas dos nematóides Heterostrongylus heterostrongylus Travassos, 1925 (Nematoda: Angiostrongylidae) encontrados no pulmão de Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 (Didelphimorphia: Didelphidae) naturalmente infectados. Os espécimes de D. aurita (N=41) foram capturados numa área peri-urbana no entorno do Parque Estadual da Pedra Branca no município do Rio de Janeiro, RJ (22°56’S-43°24’W). Foram divididos em dois grupos (não infectado N=28; e infectados naturalmente N=13). Foram estabelecidos transectos de captura, com armadilha “live-traps” da marca Tomahawk®. Em cada ponto foi colocada uma armadilha no chão equidistante 15m entre os pontos, iscadas por uma mistura de pasta de amendoim, banana, aveia e bacon. Posteriormente, os marsupiais foram eutanasiados em câmara enriquecida com CO2. Para a realização da Microscopia Eletrônica de Varredura os helmintos foram retirados do pulmão e fixado em glutaraldeído a 25% e pós-fixados por 2h em tetróxido de ósmio a 1%, desidratado em série alcoólica crescente por 2h cada banho, sendo seco em ponto crítico usando CO2 e revestidos em ouro. Os animais foram capturados sob autorização do ICMBio (13373), INEA (020/2011), e CEUA-FIOCRUZ/RJ (LW-81/2012). As análises MEV revelaram na extremidade anterior deste nematóides, seis lábios divididos, lateralmente, em dois grupos de três. Cada lábio possui pelo menos uma papila que apresenta a forma de botão. A abertura oral tem um formato triangular e ao longo do corpo, se destaca a linha lateral. Na extremidade posterior da fêmea foi possível identificar a abertura do anus, em forma de fissura transversal e localizada na porção terminal.