TRANSFERÊNCIA DE IVERMECTIN DESDE FEZES BOVINAS AO SOLO SUBJACENTE DETECTADA PELA TÉCNICA DE HPLC (CLAE)
Autor(es): Lucía Emilia Iglesias, Juan Manuel Sallovitz, Carlos Alfredo Saumell, Silvia Mestelan, Adrián Luis Lifschitz
TRANSFERêNCIA DE IVERMECTIN DESDE FEZES BOVINAS AO SOLO SUBJACENTE DETECTADA PELA TéCNICA DE HPLC (CLAE)
» Área de pesquisa: ENTOMOLOGIA
» Instituição: Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Centro, Tandil, Argentina
» Agência de fomento e patrocinadores: Subsidio Proyecto de Investigación de la Secretaría de Ciencia y Técnica
Nas produções animais, os programas de controle parasitário compreendem o uso de fármacos de ação antiparasitária, sendo o ivermectin (IVM) utilizado freqüentemente como endectocida. Porém, resíduos do IVM são eliminados principalmente pela matéria fecal (MF), permanecendo no ambiente como droga ativa. Este trabalho avaliu a transferência de IVM desde a MF ao solo subjacente, classificado como Argiudol típico, em Tandil (Buenos Aires, Argentina), monitorando sua detecção durante 60 dias. Foi coletada e homogeneizada MF retal de bovinos sem vermifugação prévia. Um terço adicionou se com IVM (formulação comercial 1% diluida em etanol), na máxima concentração detectável nos estudos farmacológicos (300ng/g). Outro terço foi adicionado com uma concentração 10 vezes superior (3000ng/g) e o terço restante foi mantido sem adição de IVM (grupo controle). Dez massas fecais de 600g de cada grupo foram depositadas em uma parcela de forragem mista e permaneceram no ambiente até 60 dias pós tratamento (dpt). As massas e o solo subjacente (2 cm profundidade) foram amostrados nos dias 1, 7, 14, 30 e 60dpt e analisados por cromatografía liquida de alta eficiência (CLAE). Todas as amostras de solo revelaram a presença de IVM (entre 0.9 e 152 ng/g). O IVM se manteve estável na MF e foi quantificado até os 60dpt. Além disso, ele concentrou-se nas massas fecais quando elas acrescentaram o conteúdo de matéria seca. Esta evidência valida a metodologia aplicada e confirma a transferência das moléculas de IVM desde as massas fecais. Entretanto, estes dados alertam sobre o possível risco de ecotoxicidade, em dependência com o tipo de solo e o posterior uso do mesmo.