ANAIS 2014
APLICAÇÃO DE DIFERENTES TÉCNICAS DE COLETA DE CARRAPATOS EM VIDA LIVRE DO PANTANAL BRASILEIRO
Autor(es): Alessandra Castro Rodrigues, Vanessa Nascimento Ramos, Carolina Fonseca Osava, Ubiratan Piovezan, Matias Pablo Juan Szabó

APLICAçãO DE DIFERENTES TéCNICAS DE COLETA DE CARRAPATOS EM VIDA LIVRE DO PANTANAL BRASILEIRO
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Uberlândia
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundo de amparo a pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG),Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(CAPES),Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA PANTANAL)
Carrapatos utilizam várias estratégias para encontrar hospedeiros, as quais variam de acordo com a espécie, estágio de desenvolvimento ou condições ambientais. Sendo assim, é esperado que existam diferenças na eficiência das diferentes técnicas utilizadas para coletar carrapatos em vida livre. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo avaliar as diferenças entre o arraste de flanela, a busca visual na vegetação, a inspeção da serrapilheira e as armadilhas de CO2 (gelo seco) em uma área altamente infestada por carrapatos no Pantanal Brasileiro. Coletas foram realizadas em sete ocasiões (2010-2012) no Pantanal da Nhecolândia (MS). Todos os métodos foram aplicados nas mesmas áreas, no interior de formações florestais (n=08) e áreas campestres (08). A maior parte dos carrapatos foi coletada nas formações florestais. Em todas as metodologias testadas, Amblyomma cajennense sensu lato foi o carrapato predominante. A armadilha de CO₂ foi a técnica mais eficiente para adultos de A. cajennense s.l. e a única que resultou em números expressivos de Amblyomma parvum (adultos). Ninfas predominaram na seca, sendo coletadas principalmente por arraste, e adultos na estação chuvosa, por busca visual. Adultos de Amblyomma ovale foram coletados em menor número, mas somente por busca visual em ambos os períodos. Larvas de Amblyomma sp. foram registradas na estação seca por arraste, busca visual e inspeção da serrapilheira. Esses resultados demonstram que existem grandes diferenças na eficácia dos métodos testados, a despeito da alta infestação ambiental da área. Assim, a utilização de uma única técnica pode ser aplicada para atender a objetivos específicos, enquanto estudos sobre a diversidade ou levantamento de espécies requer o uso de métodos múltiplos.