PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI – TOXOPLASMA GONDII EM GALINHAS CAIPIRAS DO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA/RJ.
Autor(es): MARIANA GLEICE SEABRA ESPINDOLA, HUARRISSON AZEVEDO DOS SANTOS, PRISCILA DE SOUZA NASCIMENTO SIQUEIRA, MARCIO BARIZON CEPEDA, ADIVALDO HENRIQUE DA FONSECA, JAIRO PINHEIRO, MARIA REGINA REIS AMENDOEIRA |
| O Toxoplasma gondii é um protozoário, parasito intracelular obrigatório e de distribuição mundial. Os hospedeiros intermediários do T. gondii são vários vertebrados, principalmente aves e mamíferos, porém os únicos hospedeiros definitivos são os membros da família Felidae, que eliminam oocistos nas fezes, contaminam o ambiente, consequentemente, humanos e outros animais. A ingestão de cistos viáveis, presentes em carnes de animais infectados, é a via de transmissão mais importante para o ser humano. Portanto, o conhecimento da ocorrência da toxoplasmose em animais destinados ao consumo humano é de grande auxílio para a prevenção dessa zoonose. As galinhas de criações extensivas são hospedeiros indicadores da contaminação ambiental por oocistos de T.gondii, pois se alimentam no solo, que pode estar contaminado com oocistos esporulados, infectando-se e desenvolvendo cistos teciduais. Este trabalho teve como objetivo detectar a presença de anticorpos anti – T. gondii em galinhas domésticas oriundas de propriedades rurais do município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro. Foram coletados sangue de 140 galinhas caipiras e após a coleta, o sangue foi centrifugado para obtenção do soro e este submetido ao teste de hemaglutinação indireta (HAI) para detecção de anticorpos anti – T.gondii. Das galinhas testadas, 71(51%) foram sororreagentes, sendo a positividade considerada para os títulos iguais ou maiores que 16. A partir deste estudo constatou-se uma alta prevalência da toxoplasmose nas galinhas domésticas da região, indicando contaminação ambiental. Portanto, há possibilidade de infecção por T. gondii humana na região, tanto pela ingestão e manipulação de carne crua ou malpassada de galinhas contaminadas com oocistos esporulados no solo. Entretanto, é necessário um estudo epidemiológico mais abrangente, pesquisando as causas da contaminação ambiental, a infecção por T. gondii em humanos e os fatores de risco envolvidos para se esclarecer o papel da galinha na transmissão do T. gondii na região estudada. |
