INFLUÊNCIA DO SEDIMENTO DE EXTRATOS BRUTOS DE PLANTAS EM TESTES DE ECLODIBILIDADE LARVAL
Autor(es): Jessica Teles Echeverria, Dyego Gonçalves Lino Borges, Tamires Lima de Oliveira, Gustavo Albuquerque Santos, Mariana Green de Freitas, Larissa Bezerra dos Santos, Rafael Pereira Heckler, Juliana Kátia Souza, Fernando de Almeida Borges |
| Devido à resistência anti-helmíntica em nematodas parasitos de bovinos, meios auxiliares no controle das helmintoses vêm sendo estudados como a fitoterapia, que são plantas medicinais como as antiparasitárias. A validação de plantas inicia-se com avaliações in vitro de seus extratos brutos e o teste de eclodibilidade larval (TEL) é utilizado na triagem de plantas por possuir elevada acurácia na detecção de compostos com ação ovicida, porém, fatores como solubilidade de extratos podem influenciar nos resultados pela formação do sedimento, dificultando a identificação de plantas com atividade anti-helmíntica. Objetivou-se avaliar o efeito da sedimentação de extratos brutos no TEL em Haemonchus placei resistente à ivermectina. Foram avaliadas três plantas coletadas no Pantanal: flores de Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), ramos finos e folhas de Tocoyena formosa (Jenipapo-bravo) e parte aérea de Senna occidentalis (Fedegoso) que foram dessecadas, submetidas ao extrator de fluido pressurizado e rotaevaporador para obtenção de extratos brutos. Realizaram-se testes de 10 concentrações seriadas com e sem sedimento, este se constituiu do sobrenadante após centrifugação dos extratos brutos. Avaliou-se o efeito do sedimento nas taxas de eclodibilidade larval pela análise de variância de dois fatores pelo teste de Bonferroni. Observou-se efeito do sedimento nas maiores concentrações em T. serratifolia de 30 (p<0,001), 15 (p<0,001), 7,5 (p<0,001), 3,75 (p<0,05) e 1,875mg/mL (p<0,001), S. occidentalis de 120 (p<0,01), 60 (p<0,001), 30 (p<0,001), 15 (p<0,001), 7,5 (p<0,001) e 3,75mg/mL (p<0,01) e T. formosa 120 (p<0,01), 60 (p<0,05), 15 (p<0,05) e 7,5mg/mL (p<0,01). Nessas concentrações, houve interação entre sedimento e concentração (p<0,001), pois no TEL sem sedimento, as plantas foram ativas possuindo efeito ovicida, porém, na presença do sedimento, elas não apresentaram ação, proporcionando um resultado errôneo no qual se descartaria essas plantas. A interferência do sedimento no TEL inviabilizou a ação dos extratos brutos, no entanto, deve-se estudar à fundo o efeito do sedimento. |
