A região Nordeste do país mantém o maior efetivo de caprinos, com mais de 90,0% do total nacional, tanto para produção de leite como de carne. O maior número de ovinos também se encontra no Nordeste, 56,7% do total nacional. A toxoplasmose e a neosporose, são duas enfermidades de grande importância na cadeia produtiva da caprinovinocultura, além de serem doenças com grande potencial zoonótico. Este trabalho tem como objetivo avaliar a soroprevalência da neosporose e toxoplasmose ovina no Agreste Paraibano. Foram colhidas amostras de 10 mL de sangue, de 30 ovinos machos e 27 fêmeas, todos com mais de três meses de idade, abatidos no abatedouro público de Esperança PB, em tubos siliconados a vácuo sem anticoagulante. As amostras foram acondicionadas em caixas isotérmicas e levadas ao Laboratório de Patologia Clínica, onde foram centrifugadas para obtenção do soro. As amostras de soro foram armazenadas em tubos eppendorf devidamente identificados e mantidas a -18 ºC até o momento das análises. As amostras de soro sanguíneo foram submetidas à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para identificação de anticorpos anti-N. caninum e anti-Toxoplasma gondii. As reações foram consideradas positivas quando os taquizoítos apresentaram fluorescência periférica total.
De acordo com os resultados obtidos, pode-se verificar que das 57 amostras analisadas cinco (8,78%) foram positivas para Toxoplasma gondii e sete (12,3%) foram positivas para N. caninum. Apesar da prevalência da toxoplasmose e da neosporose não apresentarem relação com o fator sexo, constatou-se soroprevalência para T. gondii de 10% e 7,4% em machos e fêmeas, respectivamente. Já para N. caninum a soroprevalência foi de 13,33% em machos e 11,11% em fêmeas. Apartir dos resultados obtidos, conclui-se que presença de animais soropositivos para Toxoplasma gondii e N. caninum requerem maiores estudos sobre o impacto socioeconômico desses patógenos na ovinocultura do agreste paraibano.
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