No nordeste, a suinocultura é desenvolvida na maioria das propriedades com baixa produtividade, pois os gastos com alimentação, o clima e as infecções parasitárias são fatores limitantes. Objetivo desse trabalho foi correlacionar à ocorrência de parasitos com o perfil sanitário de suínos no Agreste Sergipano. Para tal, foram analisadas 135 amostras fecais no laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP/ITP), a coletada realizada direto da ampola retal em diferentes faixas etárias de 11 granjas suinícolas da região, no período de sete meses, além de ser aplicado um questionário epidemiológico a cada criador. As análises parasitológicas foram realizadas pelos métodos de sedimentação espontânea e Wills. Das amostras examinadas foi obtida uma prevalência de ± 29% para a presença de alguns elementos parasitários, foram observados ovos de Ascaris suum, ovos da subfamília Strongylinae e cistos de protozoário do gênero Balantidium. Das granjas analisadas todas empregam o sistema intensivo de criação, a vermifugação é feita de forma seletiva, utilizando Ivermectina® apenas em alguns animais, 81% das propriedades contam com assistência técnica veterinária, 90% fazem a higienização das baias diariamente, enquanto que 10% relataram que essa higienização é semanalmente. Apesar das boas práticas sanitárias, os resultados das analises parasitológicas mostram que estas medidas não são suficientes para eliminar a presença de parasitas nos suínos. Estes resultados podem estar relacionados com a resistência parasitária ao vermífugo aplicado ou ainda ao método de vermifugação administrado nos animais, bem como as práticas de manejo que podem estar facilitando a infecção dos animais. |