ANAIS 2014
CARACTERIZAÇÃO BIOLÓGICA E MORFOLÓGICA DE ISOLADOS DE ANGIOSTRONGYLUS CANTONENSIS DE DIFERENTES ÁREAS GEOGRÁFICAS DO BRASIL
Autor(es): TAINÁ CARNEIRO DE CASTRO MONTE, ROSANA GENTILE, RAQUEL DE OLIVEIRA SIMOES, JUBERLAN GARCIA, ARNALDO MALDONADO JUNIOR

CARACTERIZAçãO BIOLóGICA E MORFOLóGICA DE ISOLADOS DE ANGIOSTRONGYLUS CANTONENSIS DE DIFERENTES áREAS GEOGRáFICAS DO BRASIL
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: IOC-FIOCRUZ
» Agência de fomento e patrocinadores: IOC/Fiocruz, FAPERJ, CAPES, CNPq.
Angiostrongylus cantonensis é responsável por causar meningoencefalite eosinofílica em humanos e casos foram registrados em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Humanos agem como hospedeiros acidentais tornando-se infectados pela ingestão de moluscos e alimentos contaminados com larvas infectantes. Para avaliar as diferenças na biologia e morfologia de dois isolados brasileiros diferentes de A. cantonensis, Olinda (PE) e Caju (RJ), referentes a dois haplótipos (ac8 e ac9, respectivamente), Rattus norvegicus foram infectados experimentalmente com 50 larvas L3 de cada isolado e tiveram sua biologia e morfologia caracterizada e comparada. Foram observadas diferenças significativas com maior carga parasitária recuperada nos isolados de Caju e um número maior de larvas L1 eliminadas nas fezes dos roedores no início do período patente. Quando comparado o total de larvas L1 eliminadas, não houve diferença significativa entre os dois isolados. Os isolados de Caju apresentaram diferenças significativas na proporção de espécimes fêmeas e machos (0,64:1), porém o mesmo não foi observado para os isolados de Olinda (1,16:1). A análise morfométrica mostrou que os espécimes machos de Olinda foram significativamente maiores em relação ao comprimento do corpo, do esôfago e do espículo, quando comparados com os espécimes de Caju. Da mesma forma, os espécimes fêmeas de Olinda foram significativamente maiores no comprimento do corpo, do esôfago e na distância do ânus a extremidade posterior. A análise morfológica por microscopia de luz mostrou discreta variação no nível de bifurcações nos raios laterais no lobo direito da bolsa copuladora. Variações também foram observadas nos raios ventrais e dorsais. Os espécimes de Olinda apresentaram os raios ventrais menores e mais finos, e raios dorsais mais proeminentes, quando comparados com os espécimes de Caju. Variação biológica, morfológica e morfométrica entre os dois haplótipos estudados no Brasil reforçam a variação observada a nível molecular e a possível influência do isolamento geográfico.