ANAIS 2014
INFESTAÇÃO POR AMBLYOMMA PARVUM ARAGÃO, 1908 EM MARSUPIAIS DA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL RAFAEL FERNANDES, RN, BRASIL
Autor(es): JOSIVANIA SOARES PEREIRA, Thiago Fernandes Martins, Kaliane Alessandra Rodrigues de Paiva, Rosivaldo Delfino, Hilgarde Ferreira Pessoa, Sílvia Maria Mendes Ahid

INFESTAçãO POR AMBLYOMMA PARVUM ARAGãO, 1908 EM MARSUPIAIS DA ESTAçãO EXPERIMENTAL RAFAEL FERNANDES, RN, BRASIL
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: UFERSA
» Agência de fomento e patrocinadores: UFERSA-PPCA
Os pequenos mamíferos silvestres, dentre eles os marsupiais, apresentam importância ecológica e epidemiológica por serem presas e predadores nas cadeias ecológicas, hospedeiros de ecto e endoparasitos e sendo reservatórios de agentes patogênicos. Considerando os biomas brasileiros, especificamente a Caatinga, há poucos registros de ectoparasitos nestes animais. Objetivou-se relatar a ocorrência de Ixodidae em marsupiais procedentes da Estação Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Capturou-se animais em janeiro e março de 2014, em um fragmento de 26 hectares da Estação, divididos em seis transectos equidistantes (20m). Foram distribuídas armadilhas Tomahawk ou Sherman em quatro noites consecutivas por mês e em cem estações de captura. Os animais capturados foram contidos, identificados pela morfologia e submetidos à coleta dos ectoparasitos. Os ectparasitos foram conservados em álcool 70% e identificados com base em chaves taxonômicas no Laboratório de Parasitologia Animal da UFERSA. Capturou-se 10 marsupiais: dois Monodelphis domestica, um parasitado com 31 larvas de Amblyomma sp. e duas ninfas de Amblyomma parvum; oito Gracilinanus sp., um naturalmente infestado com larvas de Amblyomma sp. Apesar da literatura científica informar que outras espécies de Ixodidae parasitam M. domestica, o presente estudo reporta a ocorrência de Amblyomma parvum neste hospedeiro e em uma área de preservação natural nas condições semiáridas. Registra-se a infestação natural desta espécie em M. domestica no Rio Grande do Norte. Esta notificação corrobora com a literatura sobre este carrapato utilizar marsupiais silvestres como hospedeiros em fases imaturas e justifica a importância da manutenção de uma área de reserva legal no bioma Caatinga para conservação destes animais.