ANAIS 2014
EFICÁCIA IN VITRO DO EXTRATO DE MELÃO-DE-SÃO-CAETANO (MOMORDICA CHARANTIA L.) NO CONTROLE DE VARROA DESTRUCTOR
Autor(es): SILVIA MARIA MENDES AHID, Wesley Adson Costa Coelho, Josivania Soares Pereira, Daniel Santiago Pereira, Zuliete Aliona Araújo de Souza Fonseca, Patrício Borges Maracajá

EFICáCIA IN VITRO DO EXTRATO DE MELãO-DE-SãO-CAETANO (MOMORDICA CHARANTIA L.) NO CONTROLE DE VARROA DESTRUCTOR
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
» Agência de fomento e patrocinadores: UFERSA- PPCA
Uma praga apícola de interesse mundial, a varroatose é uma ectoparasitose causada pelo Varroa destructor Anderson e Trueman (Acari:Varroidae) motivador de diversos distúrbios em abelhas do tipo Apis mellifera. Diferentes compostos químicos são utilizados para seu controle, entretanto os fitoterápicos podem ser uma alternativa plausível, tal como melão-de-São-Caetano (Momordica charantia L.). O presente trabalho avaliou a eficácia in vitro do extrato hidroalcoólico de melão-de-São-Caetano no controle do ácaro varroa. Foram retirados quadros de cria de 11 colônias povoadas com abelhas localizadas em Russas (CE) que, após levados ao Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural do Semi-árido, foram desoperculados e dissecados para obtenção dos ectoparasitos. Com umidade e temperatura controlada em BOD, 180 ácaros viáveis compuseram, em triplicata, seis grupos experimentais distribuídos em 18 placas de petri forradas com papel filtro (10 ácaros). Elaborado das partes folhosas do vegetal, o fitoterápico foi pulverizado em titulações (T0: água destilada, T1:100mg/mL, T2: 50mg/mL, T3:25mg/mL, T4:12,5mg/mL, T5: 6,25mg/mL) sob os ácaros observando-se a mortalidade por seis horas. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão analisados pelo programa estatístico SPSS 21.0, que após averiguação dos pressupostos paramétricos, diferenças estatística foram obtida através da análise de variância seguida por Tukey (p<0,05). Todos os ácaros pulverizados com 100mg/mL (T1) foram eliminados, seguida por T2 e T3 com eficácias médias (%) de 66,67 ± 5,7 e 33,3 ± 11,55, respectivamente. Não se observou mortalidade em doses inferiores a 12,5mg/mL. O extrato hidroalcoólido de melão-de-São-Caetano ofereceu dose dependência na mortalidade do ácaro via pulverização e, mesmo requerendo estudos futuros, pode ser um fitoterápico eficaz para o controle da V. destructor.